Plataformas de venda on-line podem ser uma saída para empresários que pretendem aumentar vendas neste ano, pesquisa feita pelo Ibope aponta otimismo de empreendedores no segmento
Em meio a um mercado desacelerado e com baixa perspectiva de crescimento este ano, pequenos e médios empresários do setor varejista têm apostado na parceria com as plataformas agregadoras de lojas, ou marketplaces, para ampliar as vendas. Players como MercadoLivre, Elo7, Extra, Casas Bahia e Pontofrio - sendo que as duas bandeiras lançaram o modelo mês passado -, somam milhares de pequenas empresas que, ancoradas no crescimento do varejo virtual, esperam prosperar este ano.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a pedido do MercadoLivre revelou que 85% dos empresários que usam o MercadoLivre e outros canais de venda, acreditam no crescimento do setor de e-commerce para este ano.
Em relação a perspectiva de crescimento, 87% dos consultados afirmaram que conseguirão ampliar suas vendas e 68% acreditam que o aumento será superior a 25%.
Segundo a pesquisa do MercadoLivre, Lucas Boroske é um dos empreendedores que apostaram no marketplace para abrir seu negócio. Ele é um dos fundadores da Estrela IO, que começou a operar na plataforma com 35 produtos há mais de cinco anos, e hoje comercializa mais de seis mil itens diversos como instrumentos musicais, panelas e acessórios eletrônicos.
Tendência
Para o diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti, o encarecimento dos custos de algumas empresas de fontes de tráfego qualificados como o Buscapé, Google e Facebook, que possuem um sistema de cobrança baseado no custo por clique (CPC), abriu uma nova oportunidade de crescimento para as empresas de marketplaces, setor ainda pouco desenvolvimento dentro do Brasil.
Segundo o especialista do E-bit, esse tipo de plataforma de vendas oferece uma opção diferenciada de publicidade e operação para novos empreendedores independente tamanho e do setor que atua. "Toda a inovação em relação a uma forma de publicidade e comercialização sempre vai chamar a atenção de empreendedores. O marketplace é uma excelente alternativa para os pequenos e médios empresários aumentarem a visibilidade no mercado digital brasileiro", completa.
Potencial
Na opinião do executivo de marketing da loja Mania Virtual Oficial, Rodrigo Bandeira Santos, que utiliza as plataformas do MercadoLivre e Rakutem, o conceito de marketplace tem grande potencial a seu favor. "É um modelo que garante segurança na operação para quem vende e para quem compra." Com o auxílio do MercadoLivre, Santos faturou R$ 2,5 milhões no ano passado e hoje soma dois mil itens distintos ao consumidor.
Com as boas perspectivas de avanço do marketplace, o MercadoLivre prevê crescer no Nordeste e Centro-Oeste, locais pouco explorados. "Temos tendências fortes impulsionando a expansão da plataforma, como por exemplo, pessoas querendo comprar on-line e interesse dos varejistas no negócio", afirmou COO do MercadoLivre, Stello Tolda, lembrando que a empresa registrou receita líquida de US$ 556,5 milhões em 2014.
Veículo: DCI