Automação voltada ao varejo terá foco em soluções móveis

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Novidades de companhias como a norte-americana Honeywell e a brasileira Bematech devem atender a demanda de uma nova geração de consumidores

 



O segmento de automação voltado ao mercado varejista deve enfocar em mobilidade este ano. Companhias como Honeywell e Bematech indicam que o movimento é consequência de uma nova geração de consumidores ávidos por atendimento físico rápido, como no ambiente virtual.

Além da nova demanda, os fornecedores da chamada automação comercial apontam também para um ano de perspectivas ruins. Afinal, o varejo registrou crescimento de apenas 3,7% em 2014, reduzindo a margem observada no ano anterior, 2013, quando a alta chegou aos 5,2%, segundo apuração da Serasa Experian.

Como a retração deve continuar em 2015, com projeção de crescimento na casa dos 3%, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a nova geração de equipamentos pode ajudar principalmente as pequenas e médias empresas (PMEs) a atravessarem um período de economia oscilante e repleto de expectativas pessimistas.

As novidades em equipamentos que miram na mobilidade devem aumentar a autonomia dos produtos que serão adquiridos no período e aperfeiçoar processos dentro dos varejistas, além de diminuir custos de aquisição.

Atendimento

A nova leva de máquinas planejadas para este ano pela fabricante norte-americana de hardware, Honeywell, já sairá de fábrica com design e engenharia que, segundo a própria empresa, "prima pela mobilidade e pela durabilidade do produto", como conta o líder de vendas dos leitores de código de barras da companhia no Brasil, Luiz Eng.

"Nós pesquisamos a necessidade que varejistas em diversos setores, como supermercadistas, têxteis e outros setores, tinham para encontrar uma solução barata e que enfrentasse a concorrência."

O resultado disso, ele explica, foi o novo leitor de código de barras que tem embarcado em sua arquitetura uma tecnologia de capacitores, que dispensa fios e baterias. "O novo leitor é acompanhado de uma base conectada à tomada, que o carrega toda vez que o aparelho repousa nesse suporte. Durante esse movimento de descanso do leitor, 20 segundos são suficientes para que ele tenha autonomia de leitura de 100 códigos de barras."

Eng ressalta que o produto novo dispensa a bateria, que é finita porque cada recarga realiza "uma reação química de íons e lítio", o que descarta seu poder depois de um tempo de uso. Ele também indica que o produto vai ajudar na mobilidade do operador de caixa, já que não existem fios que além de limitar os movimentos também acabam se desgastando com dobraduras que tencionam os cabos elétricos.

Mobilidade

Também responsável pela área denominada scanning e mobility, Luiz Eng indica que o atendimento por meio de tablets é outra novidade entre a linha de máquinas da companhia. A novidade deve ser oferecida ao mercado este ano, fabricada em uma planta instalada em Itajubá (MG).

As novidades devem alavancar o crescimento nas vendas desses equipamentos, que podem alcançar os 15% de alta no País este ano. "Nós preparamos um produto capaz de ler os códigos de barras, processar as compras, emitir a nota fiscal via internet, além de estar apto a receber cartões de crédito e débito utilizados no pagamento das compras", afirmou.

A Bematech também vê os tablets como a mobilidade no varejo. O diretor de da companhia no País, Carlos Prado, indica que o atendimento de profissionais no varejo pode ser transformado pelos novos hábitos do público.

Segundo o executivo, a companhia também deve oferecer uma plataforma de tablets, com uma infraestrutura volta ao PME, seu principal público. "A solução da Bematech permite que o PME nos procure e leve para o estabelecimento comercial uma estrutura que o desobriga até de procurar por fornecedores das maquinetas de cartão", lembra.

Prado completa ao afirmar que softwares da própria da companhia são responsáveis pela integração de soluções que dispensam terceiros, como a solução de meios de pagamento Bemacash. Os softwares da empresa são desenvolvidos em plantas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Fortaleza. Já os aparelhos são fabricados no Brasil, China e Estados Unidos.



Veículo: DCI


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