Frutas maiores e de qualidade superior devem garantir bons preços para os produtores
Qualidade e quantidade devem garantir uma safra lucrativa para os produtores de maçã de Santa Catarina, o Estado com a maior produção do país. Os preços altos do ano passado, depois de uma quebra ocasionada por geadas na primavera e chuva de granizo, devem permanecer em 2014, com frutas maiores e em maior volume.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Pierre Nicolas Pérès, explica que a safra atual em Santa Catarina passou por problemas em função do tempo, como no frio atípico de novembro passado, que prejudicou a polinização das flores. Mas, segundo ele, nada comparado à safra de 2012-2013, impactada pelas geadas na primavera.
Como resultado da fraca produção no ano passado, os produtores venderam frutos menores e em menor quantidade, explica Pérès. A baixa oferta alavancou os preços, que chegaram a R$ 70 para a caixa de 18 quilos. O presidente da ABPM diz que, neste ano, com base na maior oferta e qualidade, os valores podem chegar a R$ 50 a caixa, R$ 31 a mais que o pior resultado dos últimos anos. Ele aposta em um volume 10% maior de frutas em relação a 2013.
Mariozan Corrêa, presidente da Cooperserra, uma das maiores empresas produtoras de maçã de São Joaquim, afirma que os preços da fruta atingiram patamares aguardados há quatro anos. Ele diz que a safra passada registrou um bom preço, mas não foi rentável para os produtores, que tiveram poucas maçãs para vender. Mas neste ano, está otimista.
– A expectativa é de que os preços se mantenham pela qualidade das frutas. Na safra passada, apenas 10% das maçãs estavam graúdas. Nesta, de 30% a 35% terão um calibre maior – disse Corrêa.
A Cooperserra, que tem 97 famílias produtoras cooperadas e vende para todo o país, deve comercializar 20% a mais maçãs neste ano do que em 2013.
Veículo: Diário Catarinense