Volta às aulas amplia estoque para vender até 20% mais

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Os varejistas mostram-se mais otimistas com as vendas de artigos escolares este ano, em relação a igual período de 2013. Com o calendário escolar antecipado, por conta da Copa do Mundo, as empresas investiram em estoques até 10% maiores. Redes como Walmart e Kalunga, por exemplo, apostam em artigos licenciados de personagens famosos para ter incremento de 20% nas vendas, entre janeiro e fevereiro.

No Walmart, a campanha de volta às aulas colocou à disposição do consumidor mais de 500 itens entre cadernos, agendas, estojos, mochilas e lancheiras, portfólio esse 10% a mais do mix fixo da rede na categoria de papelaria.

A empresa afirmou ao DCI que parte dos produtos será assinada pela Disney, com peças exclusivas. "Estamos apostando em itens licenciados de marcas globais como a Disney, pois essa é uma tendência que cresce a cada ano no mercado brasileiro", explicou Charles Knapp, diretor comercial da bandeira no Brasil.Ainda segundo informações do executivo, esses período é responsável por concentrar 25% do total das vendas anual da categoria de papelaria.

Na também bandeira supermercadista Extra - pertencente ao Grupo Pão de Açúcar (GPA) - o parcelamento das compras é o atrativo escolhido pela rede para incrementar as vendas na categoria de papelaria. Até o dia 9 de fevereiro as compras de material escolar podem ser parceladas em até 10 vezes sem juros no cartão Extra e em até 4 vezes, também sem juros, nos demais cartões. A rede estendeu a promoção para sua loja virtual e os produtos licenciados são a aposta para incrementar as vendas.

Na Cooperativa de Consumo (Coop), a expectativa vem em linha com a de seus concorrentes. A rede, que espera vendas 10% maiores para o período, resolveu incrementar seus estoques em 10% para atender a demanda.

A Sestini, que além de produzir malas, mochilas e afins, agora atua no varejo por meio de franquias, tem expectativa positiva para as vendas. Segundo o diretor comercial Alexandre Benedek, até a semana passada a rede já havia conseguido comercializar 10% a mais de produtos da categoria infantil. "A nossa perspectiva inicial era de 15%, mas já conseguimos vender 10% na comparação com 2013", disse.

O executivo explicou que malas, mochilas, estojos e lancheiras têm uma antecipação de compra no Natal, "pois são artigos presenteáveis". Com isso, a Sestini teve que reabastecer os seus estoques - sem mencionar o quanto - para atender a demanda do começo do ano.

Na Kalunga, os meses de janeiro e fevereiro são considerados o Natal da rede. O diretor comercial, Hoslei Pimenta, afirmou ao DCI que as vendas de artigos escolares começam logo após o Natal e são o dobro dos meses convencionais. "Nesse período as vendas são de 40% a 50% maiores que na comparação com um mês normal", disse. Sem dizer o quanto aumentou seus estoques para a data sazonal, Pimenta afirmou que os produtos licenciados, em especial os cadernos, são o carro-chefe de vendas. "Temos a marca Spiral, que é exclusiva nossa e uma equipe sempre atenta às melhores novidades de produtos licenciados. Este ano lançamos o caderno da CBF, já pensando na Copa do Mundo. Além desse, os clássicos Moranguinho e Disney têm bastante procura no período", disse.

Na rede Armarinhos Fernando a expectativa de venda está na casa dos dois dígitos. Ondamar Ferreira, gerente da loja localizada na Rua 25 de Março, na capital paulista, afirmou que as vendas estão "excelentes" e que as compras foram reforçadas para não faltar nenhum artigo na loja. "Esperamos um incremento de 10% nas vendas. Ainda temos o mês inteiro de venda pela frente." Como na região de comércio popular o consumidor vai em busca de preço, nem sempre os licenciados são os mais procurados. "Tem saída sim, mas o consumidor vem em busca de produtos mais baratos", disse Ferreira.

Entidades setoriais


Para a Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), a expectativa de vendas para o estado de São Paulo (SP) é de 5%. Por nota, a entidade afirmou que esse índice mostrou estável na comparação com o mesmo período de 2013. O tíquete médio de compra apurado pela Federação é de R$ 200.

Segundo o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff, o período representa 30% das vendas do ano. Já o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) apurou que as redes especializadas em material escolar pretendem ter incremento de 8% no período. Para o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, o que impede o crescimento das vendas é a alta tributação dos produtos. "A agenda tem 43,19% de tributos. Isso atinge o consumidor", afirmou.



Veículo: DCI


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