Preços da soja no mercado brasileiro recuam

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Os preços da soja recuaram na última semana no mercado brasileiro, que apresentou movimentação novamente bastante limitada. O recuo dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e a leve desvalorização do dólar frente ao real no período contribuíram para travar as negociações e pressionar as cotações domésticas.

A saca de 60 quilos da soja em Passo Fundo (RS) recuou de R$ 76,00 para R$ 74,00 entre os dias 14 e 21 de novembro. Em Cascavel (PR), o preço seguiu em R$ 74,00 no período. No Mato Grosso, na região de Rondonópolis, a cotação baixou de R$ 68,50 para R$ 67,00. Em Dourados (MS), a saca baixou de R$ 70,00 para R$ 69,00. Na região de Rio Verde, em Goiás, o preços recuou de R$ 72,00 para R$ 70,00.

Os contratos com vencimento em janeiro baixaram de US$ 13,13 para US$ 12,91 por bushel, na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Já o dólar comercial caiu de R$ 2,323 para R$ 2,307, mantendo-se, no entanto, em patamares elevados.

O mercado internacional tem se movimentado com base em dois fatores. Do lado positivo para os preços, persistem as informações de forte demanda pela soja norte-americana. Mas o que acabou suplantando esta questão foi o bom desenvolvimento das lavouras na América do Sul, encaminhando uma safra recorde.


Comercialização -
Os produtores brasileiros de soja negociaram 33% da safra 2013/14 de forma antecipada, segundo levantamento divulgado por Safras & Mercado, com base em dados recolhidos até 14 de novembro. Em igual período do ano passado, a comercialização envolvia 48% e a média para o período é de 28%. No relatório anterior, de 4 de outubro, o número era de 32%. Levando-se em conta uma safra estimada em 89,453 milhões de toneladas, o volume de soja já comprometido chega a 29,89 milhões de toneladas.

Sobre o relatório anterior o avanço foi de apenas 1%, refletindo a pouca atratividade dos preços futuros praticados. Em 2012 o avanço foi de 3% e na média seria de 4%.

Em relação à safra 2012/13, a comercialização é de 95%. Em igual período do ano passado, a comercialização envolvia 98% e a média para o período é de 92%. No relatório anterior, de 14 de novembro, o número era de 92%. Levando-se em conta uma safra estimada em 82,125 milhões de toneladas, o volume de soja já comprometido chega a 77,790 milhões de toneladas.

Sobre o levantamento anterior o avanço foi de 3%, contra 2% da média normal. Apesar do avanço pequeno, as médias de preços em outubro subiram sobre setembro, em neste início de novembro sobre outubro, favorecendo a comercialização.

"Por isso a decisão de retenção dessa parte final da safra pelos produtores não é uma questão do preço praticado, mas sim da expectativa de que possa haver novos aumentos em função da demanda para exportação acima do esperado", avalia o analista associado de Safras & Mercado Flávio França Júnior.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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