Reckitt avança em países emergentes

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Os mercados emergentes e os segmentos de saúde e higiene puxaram o crescimento da fabricante britânica de bens de consumo Reckitt Benckiser no ano passado. Esses resultados, assim como o acordo para distribuição de alguns medicamentos da Bristol-Myers Squibb na América Latina, estão em linha com as metas de médio prazo estabelecidas pela dona dos produtos de limpeza Veja e Vanish e dos sabonetes Dettol.

A companhia quer ter 50% de sua receita nos mercados emergentes até 2015. Hoje, esses mercados representam 44% de seus negócios principais. O grupo também almeja aumentar a fatia dos negócios de saúde e higiene na receita, passando dos atuais 69% para 72% em 2015. Ambas as metas estavam previstas para 2016, mas foram antecipadas ontem pelo grupo.

Mais conhecida no Brasil por suas marcas de limpeza doméstica, o que a Reckitt tem de medicamentos hoje no país são a pastilha para dor de garganta Strepsils e o remédio contra azia Gaviscon. Um acordo no valor de US$ 482 milhões para licenciar medicamentos isentos de prescrição da farmacêutica americana Bristol-Myers Squibb na América Latina, anunciado anteontem, inclui a distribuição do antigripal Naldecon, da pomada para assaduras Dermodex e do remédio contra gases Luftal no país.

O executivo-chefe da Reckitt, Rakesh Kapoor, afirmou, em comunicado, que a transação com a Bristol cria uma plataforma de cuidados com a saúde para a companhia no Brasil e no México. Neste país, a Reckitt vai distribuir o remédio contra dor Tempra, o antiácido Picot e a pastilha para dor de garganta Graneodin-B. Segundo ele, as marcas compradas no Brasil e no México são líderes de mercado, têm margens fortes e grande potencial de crescimento. O acordo é válido por três anos. Ao fim do período, a Reckitt tem a opção de comprar os direitos de propriedade intelectual dos medicamentos.

A receita líquida da companhia aumentou apenas 1% em 2012, para 9,56 bilhões de libras (US$ 15 bilhões). Excluindo o impacto da variação cambial, de aquisições e alienações, o crescimento foi de 5% no período. Para 2012, a Reckitt projeta um crescimento de até 6% na receita líquida, com a ajuda de aquisições.

Os mercados da América Latina e da região Ásia Pacífico apresentaram a maior alta em 2012, de 5%, seguidos pelo bloco de países que inclui Rússia, Oriente Médio e África, com aumento de 3%. Excluindo o efeito cambial, a receita avançou 11% na América Latina, impulsionada por fatores como expansão da distribuição, inovação e aumento de penetração das marcas da empresa.

O lucro operacional da companhia aumentou 17% na região da América Latina e Ásia Pacífico no ano passado, para 464 milhões de libras. No mundo, a Reckitt encerrou 2012 com lucro líquido de 1,82 bilhão de libras esterlinas (US$ 2,89 bilhões), em alta de 5%.



Veículo: Valor Econômico



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