BC diz que 'fará o necessário' para inflação ir à meta em 2016

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                                 Autoridade monetária sinaliza que vai elevar novamente os juros a fim de antecipar a redução do IPCA para 4,5%, o centro do alvo



O Banco Central disse que fará "o que for necessário" para reduzir a inflação para 4,5% no fim de 2016 e que a alta dos juros é essencial para que a economia brasileira volte a crescer no futuro.

A instituição divulgou nesta quarta (24) seu Relatório de Inflação, no qual elevou sua projeção de queda no PIB em 2015 de 0,5% para 1,1%.

O BC também calcula que, com a taxa básica de juros nos atuais 13,75% ao ano, a inflação ficaria em 9% em 2015 e 4,8% em 2016.

Por isso, sinalizou que deverá aumentar novamente a taxa para alcançar resultados melhores. Com os juros no nível atual, segundo o BC, os 4,5% só seriam alcançados em meados de 2017, mas a instituição avalia ser importante antecipar esse resultado.

"A melhor coisa que podemos fazer para o bem da sociedade é colocar a inflação na meta de 4,5% no fim de 2016", afirmou o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva.

PODER DE COMPRA

"A sociedade pode ter certeza de que ela tem aqui uma instituição que vai zelar pela redução da inflação, de maneira a assegurar o poder de compra dos assalariados."

Ao comentar os dados sobre mercado de trabalho, Awazu afirmou que é necessário observar por mais tempo os números, pois mecanismos de indexação salarial podem colocar em risco o cumprimento da meta de inflação. No documento, o BC diz que a "moderação salarial" é elemento-chave para a estabilidade de preços.

Disse ainda que parte do desemprego é reflexo da volta de mais jovens e de idosos ao mercado de trabalho, o que é positivo para o país.

Em relação à inflação de 2015, o BC disse que a chance de que ela fique acima de 6,5%, limite da meta, é de cerca de 99%. Quando esse valor é superado, o BC precisa divulgar uma carta aberta para explicar o motivo de não ter cumprido o objetivo fixado pelo governo.

Questionado sobre falhas na política de controle inflação no primeiro mandato a presidente Dilma Rousseff, Awazu afirmou que o Copom atua sempre de maneira técnica e que a instituição começou a elevar os juros em abril de 2013. Posteriormente, o BC fez uma parada temporária nesse processo durante o período eleitoral de 2014. "Não houve um momento em que não estivemos vigilantes sobre o que se deveria fazer."

 

 

Veículo: Jornal Folha de S.Paulo


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