Para ONU, projeto da Ambev serve como exemplo

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Programa de gestão de água da cervejaria será apresentado na Rio + 20 para empresas globais



Lançado em 2010 pela Ambev, Movimento CYAN — Quem vê água enxerga seu valor vai ser apresentado durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que será realizada entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro. Segundo o diretor de relações socioambientais e comunicação da empresa, Ricardo Rolim, a Ambev participará do evento depois de convite da Organização das Nações Unidas (ONU). “Fomos convidados à participar pela ONU. O objetivo é apresentar nossa ideia para outras empresas. Estamos ainda estudando a participação em outros eventos relacionados à Rio+20”, disse.

O objetivo do projeto é mostrar à sociedade o que pode ser feito para reduzir o consumo de água. De acordo com Rolim, o CYAN é dividido em três pilares: alerta — que chama atenção para o valor da água; preservação e recuperação; e educação. Dentro do segundo está, por exemplo, a recuperação de bacias hidrográficas. “Em parceria com a WWF, ‘adotamos’ a Bacia do Corumbá-Paranoá, em Brasília. Desenvolvemos estudos sobre o melhor aproveitamento da água.

A ideia não é só cuidar da bacia, mas sim conscientizar a população ribeirinha para que ela possa tratá-la melhor”, explicou. Banco CYAN O principal programa do projeto é o Banco CYAN, que premia o não consumo. Por meio do Banco, os clientes das concessionárias de água do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais têm acesso à média de consumo de água de seu imóvel e, àmedida que o consumo é diminuído ou mantido, eles ganham pontos que podem ser utilizados comodesconto em compras nos sites Americanas.com, Submarino, ShopTime e Ingresso.com e ainda para assinaturas de revistas da Editora Abril. “Nosso objetivo é a educação ambiental através da comunicação com o consumidor. Damos dicas de economia de água e ‘milhas’ para quem economiza. Em São Paulo e Minas, já foram economizados quase 80 milhões de litros de água, o suficiente para abastecer 15 mil pessoas por mês. Com a entrada do Rio de Janeiro — o estado passou a participar do projeto em março deste ano, pretendemos aumentar esse número”, ressaltou Rolim.

Reúso da água

Ainda emrelação à água, a Ambev também incentiva as práticas de redução do consumo em suas fábricas e escritórios. “Nos últimos oito anos, reduzimos em mais de 30% o consumo de água.

O reúso é a principal forma”, explicou o diretor. Entre 2010 e 2011, o volume de água economizado nas unidades da empresa seria suficiente para abastecer por um mês cerca de 580 mil pessoas, um número maior do que a população de Florianópolis, Santa Catarina.

Outras práticas

Segundo Rolim, 98,3% dos subprodutos das fábricas são reaproveitados. “Um subproduto pode ser matéria-prima emoutra cadeia produtiva. Nossa meta é chegar, em 2012, a 99%. Tudo indica que isso será possível, pois essa porcentagem já foi alcançada em alguma de nossas fábricas”, disse. Ainda há práticas relacionadas à redução da emissão de gases. “Nos últimos cinco anos, já reduzimos em 35% a emissão. Priorizamos o uso de biomassa e biogás”, diz.

De acordo com Rolim, uma fábrica de vidro localizada no Rio de Janeiro, além de reciclar o vidro do mercado, utiliza em seus fornos o biogás proveniente de uma fábrica de cerveja. “Temos ainda o programa ‘Logística Verde’, uma parceria com outras empresas da região, em que nossos caminhões ao invés de voltarem vazios, após uma entrega, retornam com produtos destas empresas. Também temos um piloto no Rio de Janeiro, em que nossa frota usa como combustível o óleo de cozinha dos bares que atendemos”, afirma o diretor da empresa


Veículo: Brasil Econômico


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