“Tecnologia é a saída para driblar a crise”, diz especialista

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                                                     Momento de instabilidade econômica deve ser levado com cautela pelo pecuarista.

A Estância Bosque Belo, em Boituva (SP), foi palco do Encontro de Confinadores, realizado pela Connan (Boituva/SP), que reuniu mais de 70 pecuaristas daquela região na última sexta-feira (15) para destacar características de mercado e manejo. Um dos pontos abordados nas palestras do evento foi o atual momento político e as inseguranças que este traz ao produtor.

O consultor de mercado da Agrifatto (Bebedouro/SP) e especialista em mercado futuro, Gustavo Figueiredo, o aumento dos custos de produção foi o grande vilão na história do pecuarista. “A alta do dólar automaticamente afeta o custo de fertilizantes, resultando em maior exportação de grãos que pressiona o preço da venda, automaticamente atingindo o custo final do produtor. Outro ponto é o crédito: País em crise, crédito escasso, dinheiro caro. A taxa de juros fica muito maior do que deveria”, explica Figueiredo.

Para driblar a atual instabilidade e diminuir os riscos dentro da propriedade, o consultor destaca a aplicação da tecnologia o dia a dia, como por exemplo, para conseguir mais peso em menos dias no confinamento, utilizando o mercado futuro para antecipar o valor de venda do animal em até um ano. “Fazendo o planejamento para prever qual o futuro da propriedade e já conseguindo quanto de lucro será obtido, sem perder com a queda no valor da arroba. No máximo o produtor não vai ter lucro, mas nunca irá perder dinheiro”, explica.

A Connan é responsável pelo planejamento nutricional e fornecimento dos núcleos da Estância Bosque Belo, e o gerente Técnico da empresa, Marcio Bonin, ressalta que a tecnologia passou a ser primordial no dia a dia da fazenda. “Se você não maximizar a performance, dinamizar o uso daquele insumo caro, isso vai te dar prejuízo, então é preciso usar todas as ferramentas possíveis e impossíveis para fazer o gado performar e deixar dinheiro”, conclui.

Exportações. Gustavo Figueiredo ainda faz um parênteses sobre as exportações deste e do ano passado. Em 2015 os índices sofreram 10% de baixa com relação a 2014. “Quando falamos que em janeiro a exportação foi muito boa porque comparamos o resultado com 2015, isso não é correto, porque os níveis de 2015 foram muito baixos com relação a 2014”. Esta base baixa de comparação faz com que os números das vendas externas em 2016 devam crescer consideravelmente para que sejam considerados satisfatórios. “Uma exportação acima de 100 mil toneladas mostraria uma capacidade de sustentação no preço da arroba, já que 70% da produção é voltada apenas ao mercado interno”, indica.

 



Veículo: Site Feed & Food


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