Brasileiro prefere guardar seu dinheiro

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Um estudo divulgado ontem pela gestora americana Black Rock mostrou que 67% dos entrevistados brasileiros preferem guardar suas economias em dinheiro. A média global para esse comportamento financeiro é de 59%.

Segundo a pesquisa Global Investor Pulse da gestora BlackRock, enquanto a maioria dos brasileiros (65%) já começou a poupar para a aposentadoria e estão confortáveis fazendo suas próprias decisões de investimento (76%), eles possuem uma concentração muito grande em dinheiro (67%) e muito pouco em ações (5%, em comparação com 15% globalmente) ou títulos (5 % versus 6% globalmente), para atingirem seus objetivos de futuro.

Apesar disso, mais da metade (73%) disse que estão muito confiantes sobre serem capazes de atingir o seu rendimento anual necessária na aposentadoria.

Os brasileiros estão conscientes de que devem deter menos dinheiro consigo do que eles têm atualmente. No entanto, eles estão concentrados em dinheiro, devido ao risco de perder dinheiro (37%), sendo capaz de tirá-lo facilmente (32%) e não ter dinheiro suficiente para investir em outro lugar (20%).

Além disso, os brasileiros não estão familiarizados com outros investimentos (18%) que os impede de tomarem melhores decisões de investimento. Quase metade (42%) disse que possui apenas poupança, sem investimentos.

"Apesar da volatilidade que vimos em 2015, que esperamos continuar este ano, fomos agradavelmente surpreendidos que os latino-americanos mantiveram-se positivos e focados nas coisas certas quando se tratava de seu futuro financeiro", diz Armando Senra, Diretor Executivo, responsável pela BlackRock na América Latina e Países Ibéricos.

"Nós também aprendemos que existe uma grande oportunidade para os investidores ao assumir mais diversificação e exposição internacional em suas carteiras para melhor prepará-los para os objetivos de longo prazo", completou.

A maioria dos brasileiros (64%) descreveu seus futuros financeiros em termos positivos, mesmo com esse número sendo menor do que o de 2014 (77%), ele permanece bem acima da média global (56%).

Da mesma forma, 76 % dos brasileiros estão confiantes de que eles estão fazendo as decisões corretas sobre as suas poupanças e investimentos, em comparação com os 63% e 53% dos latino-americanos e dos globais, respectivamente. Dos riscos financeiros citados, a situação da economia (62%) e o alto custo de vida (55%), seguido por aumentos nos impostos (49%), inflação (48%) e de instabilidade política (46%) se classificaram como as principais preocupações. Em exposição, 96% dos investidores estão em produtos locais.

 



Veículo: Jornal DCI


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