Comércio luta para manter vendas no Dia das Mães

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Dezembro ainda está longe, mas o varejo gaúcho já começa a se preparar para uma data mais próxima com efeitos semelhantes ao do principal mês do setor. A importância do Dia das Mães, nesse ano comemorado em 8 de maio, é tão grande para alguns ramos que a data é chamada de "segundo Natal" pelos lojistas. Embora as vendas ainda não tenham engrenado, o setor prevê repetir os números do ano passado, mas as lojas não descartam um crescimento.

"Estamos otimistas, com objetivo de aumentar as vendas neste ano", comenta Renata Vieira, gerente de umas das lojas O Boticário na Rua dos Andradas, no Centro da Capital. A rede é uma das poucas a já ostentar algum tipo de alusão à data no principal ponto do comércio de rua em Porto Alegre, e prepara lançamentos e promoções alusivos à comemoração. A expectativa se justifica pelo ramo em que a empresa atua. "Notamos que segue aumentando bastante, desde o ano passado, a venda de cosméticos. Talvez, no meio da crise, pelo menos ao amor próprio as pessoas se dão a esse direito", brinca o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comérciode Porto Alegre (Sindilojas), Paulo Kruse.

O segmento, aliás, deve ser o segundo mais procurado pelos clientes, segundo pesquisa divulgada pela Fecomércio-RS. Objetivo de 20,3% dos consumidores, os cosméticos só perdem para o já tradicional líder de vendas para o Dia das Mães, o vestuário, que deve responder por 45,7% dos presentes. A pesquisa da entidade aponta que os gaúchos gastarão R$ 135,14 por presente, valor poucos centavos abaixo do visto em 2015 (R$ 135,99).

"Não era de se esperar algo muito diferente, em um momento de desemprego crescente, inflação, juros altos", argumenta o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, lembrando que, se corrigido pela inflação, o valor representa uma queda real nas vendas. A cautela dos consumidores é ratificada, também, pela intenção de pagamento - na pesquisa 79,2% dos respondentes afirmaram que irão fazer suas compras à vista. "A população se comporta racionalmente, e os dados mostram que a situação não está fácil. Vão acabar comprando menos, sem se endividar nem gastar o que não têm", garante Bohn.

Nas lojas de rua, a expectativa é de que o auge do movimento aconteça nos quatro dias anteriores à data. Já nos shopping centers, a situação é diferente, já que o principal período de vendas, geralmente o domingo anterior, desta vez coincide com o feriado de 1 de maio. "Esperamos que o movimento maior aconteça no domingo de 24 de abril. Dessa vez, vai acabar ajudando nos resultados tanto de abril quanto de maio", comenta a gerente da Rabusch do Praia de Belas, Juliana Leite. A loja trabalha com uma expectativa de vendas até 10% maiores do que em 2015, e já contratou funcionários para reforçar a equipe.

 



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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