Varejo de BH aposta na retomada das vendas neste semestre

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Em meio à crise econômica, o desempenho do varejo da capital mineira vem apresentando resultados negativos. De acordo com a Análise Mensal do Comércio Varejista, realizada pela área de Estudos Econômicos da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), o faturamento dos lojistas, em junho, ficou pior para 50,9% dos entrevistados, se comparado ao mês anterior. Apesar do cenário econômico nada favorável, a expectativa do setor é de vendas mais aquecidas neste semestre.

O levantamento mostra que para 53,3% dos empresários entrevistados o desempenho será melhor a partir deste mês. Apesar de julho ser período de férias escolares, o otimismo dos lojistas está baseado na expectativa de a população viajar menos neste período, já que os passeios têm custos elevados e o poder de compra da população está menor. Com isso, um volume maior de consumidores na Capital deve estimular as vendas.

"Otimismo é natural para os empresários, já que o segundo semestre tende a ser melhor. Além das datas comemorativas, como os dias dos Pais, Crianças e Natal, o pagamento do 13º salário incentiva o maior consumo, já que existe grande apelo emocional neste período. Porém, é importante ressaltar que a expectativa pode não ser alcançada em decorrência do desaquecimento econômico", avalia a supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio-MG, Luana Oliveira.

Em junho, a frustração das expectativas foi vivenciada por boa parte dos empresários, que acreditavam em resultados melhores, principalmente pelas comemorações do Dia dos Namorados, que normalmente eleva as vendas. Segundo a pesquisa da entidade, quando questionados no início do mês passado se os resultados seriam melhores no final de junho, 64,5% esperavam que sim, mas apenas 29,8% tiveram suas expectativas atendidas.

Caixa - O fluxo de caixa em junho piorou para 51,2% dos comerciantes. No que se refere aos estoques, 52,5% conseguiram fechar o mês no ponto ideal. Esse percentual é o menor desde março de 2013, quando 51% afirmaram que o estoque fechou o período no ponto ideal. Ainda segundo a Fecomércio-MG, das vendas realizadas a prazo em Belo Horizonte, 71,6% foram feitas pelo cartão de crédito, 1,7 ponto percentual abaixo do apurado em maio.

De acordo com Luana, os consumidores têm optado mais pelo pagamento à vista. Em junho, as negociações concluídas com cartão de débito, dinheiro e cheque foram responsáveis por 59% do volume de vendas. "Os consumidores estão preocupados com o maior controle do orçamento, por isso evitam compras a prazo. Isso se deve à maior cautela em relação à atual situação econômica".

Para estimular o aumento das vendas, 76,6% dos empresários da Capital pretendem investir em promoções e liquidações de estoques, índice maior que os 70,4% dos comerciantes que adotaram a prática no mês anterior. "Esse tipo de iniciativa é importante para girar os estoques, fortalecer o caixa da empresa e estimular as compras por impulso", observa a economista.

Para julho, os três setores que devem apresentar maior volume de vendas são vestuário (13,7%), calçados (5,8%) e produtos farmacêuticos (4,1%).



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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