Cepêra prevê fim de ano mais fraco

Leia em 2min 30s

                                Fabricante espera queda de até 3% nas vendas de produtos de maior valor agregado este ano. Alimentos básicos devem compensar retração no volume


São Paulo - A Cepêra, fabricante de alimentos de médio porte, já trabalha com perspectiva de vendas mais fracas para os produtos de maior valor agregado no final do ano.

De acordo com o presidente da Cepêra, Décio Filho, a expectativa é que a venda desses itens tenha queda entre 2% e 3%, enquanto o volume vendido de produtos básicos deve avançar 8%."Produtos como aspargos e champignons tiveram uma pequena queda no volume [este ano]. Produtos básicos como molho de tomate e goiabada., porém, apresentaram crescimento. Já os produtos relacionados ao fim do ano como cerejas e figos em calda esperamos estabilidade. Se cair, será pouco", diz.

No ano, a empresa espera alta de 7% no volume de vendas, alavancado pelas vendas das categorias básicas.O executivo destaca que a marca sempre se posicionou como uma alternativa mais barata em relação às líderes de mercado, com preços em média 10% menores, e por isso evita ao máximo reajustes, para não perder competitividade."Esse posicionamento nos favorece mais em crises, quando a renda do consumidor está menor e ele procura alternativas para economizar", afirma.

Ele lembra, entretanto, que a Cepêra tem sofrido o impacto da desvalorização do real no custo com matéria-prima importada. Para garantir a rentabilidade, a empresa aumentou o percentual de repasse para a tabela de preços este ano. Tradicionalmente reajustada apenas em janeiro, com percentuais em torno de 5%, a tabela terá dois aumentos este ano.

O primeiro repasse ocorreu em fevereiro com elevação média de 9% nos preços. Com o segundo reajuste, previsto para esse mês, a tabela ficará em média 13% mais cara este ano."No segundo semestre, a alta nas tarifas de energia e o câmbio devem continuar pressionando os custos, mas não temos previsão de reajustar mais, para não perder espaço para a concorrência. Além disso, intensificamos as ações para reduzir custos na linha de produção", explica o executivo.

Embalagem

Segundo ele, apesar do posicionamento de preço ser parte importante da estratégia, a empresa segue investindo em produtos de maior valor agregado este ano."Criamos uma nova linha de condimentos, com os mesmos produtos, mas embalagens diferentes para trazer um portfólio de maior valor agregado ao varejo", cita. O objetivo da Cepêra é ganhar espaço no segmento de produtos premium, onde concorrentes como a Heinz já estão consolidadas."Vimos que a concorrência está maior este ano e por isso aumentamos investimentos em marketing para tornar a marca mais conhecida."

Décio Filho observa que, além da retração no consumo, o aumento da disputa pelo mercado regional é o principal fator que tem elevado a competição no setor."As fabricantes regionais conseguem preços melhores pela proximidade com os pontos de vendas e as grandes estão ampliando ações fora dos grandes centros para alavancar as vendas este ano", detalha.



Veículo: Jornal DCI


Veja também

Santa Helena exporta mais com linha Paçoquita

São Paulo - As exportações da Santa Helena estão avançando este ano puxadas pela vend...

Veja mais
Fábricas de chocolate amargam redução de 9,97% nas produções

O setor de chocolates no Brasil sentiu redução de 9,97% da produção no primeiro trimestre de...

Veja mais
Receita do varejo ampliado cresce 1,9% em junho, diz Cielo

Depois de crescer 0,4% em maio, a receita das vendas do comércio varejista ampliado apresentou alta de 1,9% em ju...

Veja mais
A cremosa ricota Gióia no auge de seu frescor – agora em São Paulo

                    ...

Veja mais
Vendas de livros cresceram 6,9% no primeiro semestre de 2015

As vendas de livros no Brasil encerraram o primeiro semestre de 2015 com um aumento de 6,9% no faturamento, em compara&c...

Veja mais
Jantar em casa

A indústria de biscoitos, massas, pães e bolos registrou estabilidade no volume comercializado no primeiro...

Veja mais
Setor óptico avança menos do que inflação

O faturamento do setor óptico brasileiro ficou em R$ 9,7 bilhões no primeiro semestres deste ano, o que re...

Veja mais
Lojistas tentam manter as vendas em alta

                    ...

Veja mais
Aquece a guerra sobre rótulo de transgênicos

    Veículo: Jornal Valor Econômico...

Veja mais