Minas quer resgatar a mandioquinha-salsa

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A criação de bancos de muda de mandioquinha-salsa foi a solução encontrada pela Emater-MG para melhorar a qualidade da produção da hortaliça em Minas Gerais. A consolidação comercial da mandioquinha-salsa no Estado ocorreu por volta de 1970. Mas nas décadas seguintes, o surgimento de tecnologias e o maior apelo comercial de outros produtos, como a batata e o morango, fizeram com que os agricultores optassem por novas culturas.

Além da troca de cultivo da mandioquinha por outros produtos mais rentáveis, muitos agricultores deixaram de investir na produção de mudas sadias para o plantio da hortaliça. A prática mais comum passou a ser o uso de "filhotes" das mesmas plantas que foram colhidas.

"Com isso o vigor e a sanidade das mudas ficam comprometidos, inclusive com o aumento da carga viral do material utilizado para plantio", explica Georgeton Silveira, coordenador estadual de Olericultura da Emater-MG.

Desde 2010, a Emater-MG, a Embrapa Hortaliças, agricultores e prefeituras desenvolvem um trabalho para melhorar a qualidade das mudas de mandioquinha-salsa com a criação de bancos de multiplicação de mudas em 17 municípios localizados no Sul de Minas e no Campo das Vertentes, principais regiões produtoras no Estado.

Técnicos e produtores foram capacitados e o material para multiplicação das mudas foi fornecido pela Embrapa. Cada banco, que recebeu de mil a 2 mil mudas, gerou de 25 mil a 50 mil novas mudas em condições ideais de plantio. Segundo o coordenador da Emater-MG, os bancos já forneceram mudas de melhor qualidade para cerca de 150 agricultores.

Produção - O Estado é o maior produtor nacional de mandioquinha-salsa. Na safra 2013/2014, a produção foi de 55 mil toneladas em uma área de 3,5 mil hectares. Para a safra 2014/2015, a área plantada é de 3,8 mil hectares e a produção estimada é de 60,2 mil toneladas.

No Sul de Minas Gerais, a maior parte da comercialização ocorre por meio de compradores locais e regionais, que possuem estruturas para a limpeza e classificação das raízes. Já em outras regiões do Estado, a maior parte da comercialização é feita na Ceasa-MG de Contagem (RMBH). O pico da safra ocorre entre maio e agosto.

Os cinco principais produtores do Estado estão na região Sul. São eles: Ipuiuna (8,4 mil toneladas), Espírito Santo do Dourado (6,6 mil toneladas), Campestre (4,8 mil toneladas), Caldas (4,2 mil toneladas), Toledo (4 mil toneladas).



Veículo: Diário do Comércio - MG


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