Cafés especiais estão em alta

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Investimento na produção é uma das formas de garantir a lucratividade com a cultura



Os investimentos na melhoria constante da produção de café em Minas Gerais, priorizando a geração de grãos especiais, tem proporcionado resultados remuneradores e despertado a atenção do mercado internacional. O reconhecimento da qualidade diferenciada é percebida nos leilões de cafés especiais que, além de contarem com a participação de compradores de vários países, também têm registrado cotações muito superiores às praticadas atualmente.

De acordo com a diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês), Vanusia Nogueira, o investimento na produção é uma das formas de garantir a lucratividade com a cultura, mesmo em momentos de crise como o vivenciado atualmente.

Ainda segundo a representante da BSCA, na última semana, foi realizado o leilão dos 32 lotes vencedores do 14º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil "Cup of Excellence Early Harvest", coordenado pela BSCA, e os preços alcançados ficaram muito acima do mercado, com a saca de 60 quilos sendo negociada por até R$ 7,1 mil.

"Mesmo com a crise do café, em que a saca de 60 quilos é negociada muito abaixo dos custos de produção, o leilão dos cafés especiais mostrou, mais uma vez, que investir em qualidade traz retorno para os produtores, uma vez que o mercado reconhece esse diferencial e está disposto a pagar por ele. Os lances iniciais para a aquisição dos lotes vencedores estavam todos acima dos valores praticados na Bolsa de Nova Iorque, e mesmo assim tivemos resultados positivos", diz.

Ao todo foram leiloados 32 lotes que movimentaram cerca de US$ 516,659 mil ou R$ 1,186 milhão, a uma média de US$ 7,06 por libra-peso, o que equivale a US$ 933,90 ou R$ 2.144,23 por saca de 60 quilos e representa alta de 653,10% sobre o fechamento do dia na Bolsa de Nova York (US$ 1,0810 por libra-peso no contrato março, o mais negociado).


Carmo - O maior lance registrado foi de US$ 23,10 por libra-peso (alta de 2.136,91% ante NY), pago pelo consórcio formado pelas empresas japonesas Maruyama Coffee, Sugi Coffee Roasting e Adachi Coffee. Esse valor equivale a US$ 3 mil ou R$ 7,101 mil pagos por cada uma das 15 sacas produzidas no Sítio São Francisco de Assis, localizado em Carmo de Minas, no Sul de Minas.

O lote rendeu um total de US$ 45,830 mil ou R$ 106,509 mil para a produtora Marisa Coli Noronha, vencedora do concurso destinado exclusivamente aos cafés brasileiros produzidos por via úmida (cerejas descascados ou despolpados) na safra 2013.

O resultado do leilão surpreendeu o administrador do Sítio São Francisco de Assis e irmão da produtora vencedora do concurso da BSCA, Álvaro Antônio Pereira Coli, que não esperava preços tão altos pagos pelas sacas. "Os resultados obtidos com o leilão ficaram acima das nossas expectativas, já que esperamos negociar as sacas em torno de R$ 4 mil. Este resultado é um reconhecimento do nosso trabalho para ampliar cada vez mais a qualidade da produção e nosso objetivo é continuar investindo na produção de grãos especiais", ressalta.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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