A gigante do setor de alimentação Nestlé estima que, em dez anos, quase metade de todas as suas vendas ocorrerão em países emergentes e aposta no crescimento dessas economias para manter a liderança no segmento. A empresa apresentou ontem seus resultados do ano passado. As vendas no Brasil estiveram entre as que mais aumentaram em 2009 entre os principais mercados da multinacional.
A empresa viu as vendas caírem de US$ 104 bilhões em 2008 para US$ 101,2 bilhões em 2009 em todo o mundo. Os lucros líquidos ficaram em 9,7% das vendas.
A queda só não foi maior graças aos países emergentes. No Brasil, as vendas passaram de US$ 5,35 bilhões em 2008 para US$ 5,47 bilhões no ano passado. Com o desempenho, o Brasil já praticamente empata com a Alemanha, terceiro maior mercado para produtos da Nestlé.
A empresa ainda anunciou que está fortalecendo os investimentos na Ásia e na África. A China já é o oitavo maior mercado para a Nestlé no mundo. Em um ano, as vendas no país aumentaram em US$ 300 milhões, chegando a US$ 2,36 bilhões.
"Hoje, os mercados emergentes representam cerca de US$ 33 bilhões em vendas para a Nestlé, aproximadamente 32% do valor total do grupo", explicou Peter Bulcke, CEO da multinacional. "Estimamos que essa proporção suba para 45% na década que começa. Prevemos que um bilhão de novos consumidores conseguirá ter acesso a nossos produtos nos próximos dez anos", disse o executivo.
Veículo: O Estado de São Paulo