Um brinde para dois mundos

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Para comemorar 40 anos de atuação no Brasil, a vinícola chilena Concha y Toro lança rótulo premium e investe na popularização da marca

 

Poucos rótulos de vinho têm uma ligação tão forte com o Brasil quanto os que são produzidos pela vinícola chilena Concha y Toro. Presente no País desde 1969, quando os brasileiros mal conseguiam diferenciar um tinto de qualidade de um rosé de segunda linha, a Concha y Toro ajudou nos últimos 40 anos a formar uma legião de apreciadores da bebida.

 

Se de um lado a marca moldou o gosto dos consumidores, de outro ela encontrou por aqui um mercado praticamente inexistente - e, portanto, cheio de oportunidades. "O Brasil cresceu tanto que se tornou o quinto maior importador de vinho chileno do mundo e nossa maior aposta para o futuro", disse à DINHEIRO Alfonso Larraín, presidente da Concha y Toro.

 

Larraín, um apaixonado por vinhos que entrou na empresa no mesmo ano em que ela chegou ao Brasil, esteve em São Paulo na semana passada para comemorar as quatro décadas de presença no mercado nacional e apresentar os planos da grife para o País. Um das novas apostas da vinícola tenta fisgar um público de maior poder aquisitivo.

 

Trata-se do rótulo Marques de Casa Concha Carménère 2007, que integra uma safra considerada histórica pela Concha y Toro. As garrafas serão vendidas a partir de R$ 80, acima do preço médio de outras marcas que a empresa trabalha no Brasil. Apesar de lançar um produto premium, a Concha y Toro também busca o que se pode chamar de popularização. No mês passado, reviu sua parceria com a importadora Expand.

 

A partir de agora, a Concha y Toro importa e distribui diretamente seus rótulos, em vez de contar com a Expand para realizar o trabalho. "Nossa ideia é chegar a mais supermercados e pontos de venda", diz Larraín. "Nós distribuiremos apenas os rótulos mais prestigiados", afirma Otávio Piva, dono da Expand.

 

Com a mudança, a Expand perde no volume de vendas, mas ganha o direito de distribuir com exclusividade no Brasil outras marcas que pertencem ao grupo CyT, dono da Concha y Toro. Entre elas, grifes ainda pouco conhecidas no mercado brasileiro, mas de sucesso em outros países da América do Sul, como Cono Sur, Palo Alto e Winemaker's Lot. "Dessa maneira, conseguiremos dividir melhor os negócios" explica Larraín.

 


O rótulo Marques de Casa Concha Carménère safra 2007 chega ao Brasil. Preço: R$ 80
Apesar do crescimento do setor no Brasil, não é incorreto afirmar que o mercado local é incipiente. O consumo de vinho per capita no País é inferior a dois litros por ano, uma ninharia perto dos 50 litros anuais de França e Itália.

 

"Com as proporções do território brasileiro e o aumento da renda da população, o consumo de vinho no País tende a aumentar muito", diz Larraín. O Brasil representa pouco menos de 4% dos negócios globais da Concha y Toro, uma gigante presente em 138 países e com faturamento anual perto dos US$ 600 milhões.

 

O mercado brasileiro tem atraído principalmente vinícolas argentinas e chilenas", diz Gustavo Andrade de Paulo, presidente da Associação Brasileira de Sommeliers.

 

Veículo: DCI


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