Lojista de BH espera tíquete de até R$ 100 no Natal

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Para 65,6% dos comerciantes, esse será o valor médio dos presentes; no ano passado, expectativa era até R$ 150

 

 



Embora o melhor período de vendas do ano para o comércio varejista seja o Natal, os lojistas de Belo Horizonte estão bastante cautelosos em relação à data. Segundo pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), a maioria deles (65,6%) aposta que o tíquete médio dos presentes natalinos não ultrapassará os R$ 100. No ano passado, o mesmo levantamento mostrou que quase 77% dos comerciantes acreditava que o valor chegaria a R$ 150.

"A confiança em relação à economia está abalada. Há ainda o aumento da inadimplência registrado nos últimos meses, que leva os lojistas a acreditar que os consumidores utilizarão o 13º, ou pelo menos boa parte dele, para o pagamento de dívidas", afirmou o vice-presidente da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar.

O dirigente informou que isso se confirma pelos números registrados pela atual campanha da entidade para pagamento de dívidas. Em três dias, a iniciativa atraiu cerca de 20 mil devedores. "Esse número deve dobrar até amanhã (hoje) quando termina a campanha", destacou.

De acordo com os entrevistados, o valor dos presentes oscilará da seguinte maneira: para 35,83%, eles custarão entre R$ 75 e R$ 100; Já 15,5% aposta em produtos entre R$ 30 e R$ 50; enquanto 13% estimam que o consumidor gastará de R$ 50,01 a R$ 75. Um percentual menor aposta em presentes um pouco mais caros: 12,05% acham que o valor médio será de R$ 100 a R$ 150; 11,67% entre R$ 150 a R$ 200; 4,5% falam em gastos chegarão a R$ 300 e apenas 2% acreditam que o consumidor gastará acima de R$ 400.

A forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores será o parcelamento no cartão de crédito, segundo 69,4% dos lojistas. "Isso ocorrerá principalmente entre os consumidores que usarem o 13º para quitar débitos. Dessa forma, devem optar por parcelar as compras no cartão", aposta Gaspar.

Mesmo assim, para os entrevistados, o fator que mais estimulará as vendas neste fim de ano é o 13º salário (segundo 53,2% dos ouvidos). Conforme a CDL-BH, o recurso deve injetar na economia de Belo Horizonte cerca de R$ 2,56 bilhões. Além do salário extra, também devem ajudar nas vendas, o aumento real da renda do trabalhador (13,46%); mercado de trabalho aquecido (8,33%) e promoções e descontos (4,49%).

No entanto, para 9,62% dos entrevistados, "nada" auxiliará no crescimento das vendas neste Natal". Reflexo dos quase 35% que acham que o Natal deste ano será pior que o de 2013. Tudo indica que será, já que o Dia das Crianças, uma espécie de termômetro para a data, não registrou crescimento significativo das vendas na Capital, de acordo com Gaspar.


Obstáculos -
A inflação (segundo 29,94% dos entrevistados) e o endividamento dos consumidores (19,76%) aparecem na pesquisa da CDL-BH como os principais fatores que podem prejudicar as vendas neste Natal.

Em seguida estão: inadimplência (10,78%); concorrência com produtos importados através de shopping populares e sacoleiras (10,78%); desemprego (8,98%); impostos elevados (6,59%); taxa de juros alta (5,39%) e escassez de crédito (4,19%).

Há ainda outros motivos como insegurança dos clientes em consumir, proximidade com shopping, retirada de linhas de ônibus e falta de segurança (2,99%) e desqualificação da mão de obra (0,6%).


Investimento -
Por outro lado, a pesquisa da CDL-BH também mostrou que os comerciantes da capital mineira não perderam o otimismo quanto ao crescimento das vendas no próximo ano. A expectativa da maioria dos entrevistados (43,67%) para 2015 é positiva, para 28,48% é negativa e para 27,85% é neutra.

Além disso, por enquanto, a maioria dos lojistas (74,35%) disse que fará investimentos em seus estabelecimentos no próximo ano. As principais áreas de investimentos são: divulgação/marketing (18,7%); processo de vendas (10,87%) e ampliação/melhoria das instalações (10%). Porém, 21,3% dos comerciantes ouvidos não pretendem investir em 2015.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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