Dia dos Pais deverá movimentar R$ 63 mi na região do ABC-SP

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O comércio das sete cidades espera movimentar aproximadamente R$ 63 milhões com as compras de presentes para o Dia dos Pais, que neste ano será comemorado no dia 8. Em 2014, os gastos ficaram em torno de R$ 59 milhões. Os dados, divulgados ontem, foram levantados pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo.

Apesar do aumento nominal, o volume real (com o desconto da inflação) de vendas esperado para este ano no Grande ABC será 2% menor do que no mesmo período de 2014, considerando a inflação acumulada de 12 meses medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), de 8,89%. É o terceiro ano seguido de queda real na expectativa de movimentação para a data.

Segundo a pesquisa, que considerou 755 questionários válidos aplicados entre 26 de junho e 15 de julho, o preço médio de cada presente comprado será de R$ 156,06 – 1% a mais (descontando a inflação) do que os R$ 141,30 de 2014. Já o gasto total planejado é de R$ 193,13, queda real de 1% ante o ano passado, quando foram desembolsados R$ 179,20.

Na opinião do economista Sandro Maskio, coordenador do Observatório, os resultados refletem o momento da economia brasileira. “Como o Grande ABC depende muito da indústria, e esse é um dos setores mais atingidos pela crise, a região sente mais os impactos provocados pelo desemprego e, consequentemente, pela redução da massa salarial.”

O levantamento destaca o aumento no número de pessoas que planejam fazer as compras com o cartão de crédito, em vez de pagar à vista. “Isso, no entanto, não quer dizer que os consumidores estejam planejando gastar mais. A opção se dá pela possibilidade de parcelamento”, comenta o professor. Nessa linha de raciocínio, o estudo mostra que o montante pago no cartão de débito será maior neste ano, em média, R$ 280, provavelmente para fugir das altas taxas do cartão de crédito – no qual a intenção é desembolsar cerca de R$ 206.

Nas faixas de renda entre dois e dez salários mínimos (de R$ 1.576 a R$ 7.880), a previsão é de que as compras para o Dia dos Pais deste ano sejam mais baratas do que em 2014. Já os que ganham mais do que esse limite, pretendem comprar presentes mais caros. “Isso mostra que a crise ainda não atingiu em cheio os que têm renda mais alta”, avalia.

PREFERÊNCIAS - A maior parte dos entrevistados (44,5%) pretende comprar roupas e calçados. Em segundo lugar, estão perfumes e cosméticos (17,5%). Quase 60% dos presentes serão destinados aos pais, seguidos pelos maridos (12,3%), sogros (9%) e avôs (8,1%).

Os shoppings foram citados por 42% dos participantes como local escolhido para as aquisições, à frente das lojas de comércio dos centros (32%).



Veículo: Jornal Diário do Grande ABC - SP


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