Cresce número de empresas inadimplentes

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Volume de dívidas também é maior em setembro, segundo levantamento do SPC Brasil e da CNDL


O número de empresas inadimplentes cresceu 1,26% na passagem de agosto para setembro deste ano, sem ajuste sazonal, informaram, ontem, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Apesar do patamar ainda elevado, o crescimento da inadimplência em setembro é o terceiro menos intenso observado nos últimos nove meses da série histórica.

Na comparação anual com setembro de 2015, a alta foi de 12,20%, após dois meses de desaceleração ante mesmo período do ano anterior.  Além do aumento no número de empresas inadimplentes, houve também um crescimento na variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 14,55% a mais em setembro frente a igual mês de 2015. Já na passagem de agosto de 2016 para o último mês de setembro, sem ajuste sazonal, a alta foi de 1,26% na quantidade de empresas inadimplentes e de 1,09% no volume de dívidas.

Os dados referem-se às regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. A região Sudeste não foi considerada devido à Lei Estadual nº 15.659 que vigora no estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no Estado.
Entre as quatro regiões analisadas, o Nordeste foi a que apresentou a maior variação mensal, de 1,43%, seguida do Norte (1,32%), Sul (1,29%) e Centro-Oeste (0,82%).
Já em relação aos setores que fazem parte da pesquisa, o comércio é o que concentra o maior número de empresas negativadas, com mais da metade das companhias inadimplentes (50,29%). O ramo de serviços figura em segundo lugar com 34,53% de pessoas jurídicas inadimplentes.

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, comentou que a recessão econômica continua sendo o motivo principal para o crescimento do número de empresas com o CNPJ negativado, principalmente por conta dos juros elevados.
“A atividade econômica ainda enfraquecida prejudica o faturamento das empresas e, consequentemente a sua capacidade de pagamento. Se o cenário de recuperação econômica se confirmar, o que ainda não parece tão claro, podemos esperar uma desaceleração mais intensa no ritmo ainda alto do crescimento da inadimplência”, explicou Pinheiro, em nota.

Ainda de acordo com o indicador do SPC Brasil, o setor credor que apresentou o maior crescimento das dívidas de pessoas jurídicas – ou seja, para quem as empresas estão devendo – são o comércio (17,95%), seguidas das indústrias (17,14%). Completam o ranking de setor credor o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras (13,92%) e de agricultura (0,25%).
Boa Vista – Em pesquisa divulgada na semana passada, a Boa Vista SCPC aponta que a inadimplência de pessoas jurídicas cresceu 1,5% no País no terceiro trimestre na comparação com o período imediatamente anterior.

No acumulado do ano até setembro, a inadimplência da pessoa jurídica aumentou 5,1% quando comparado aos nove primeiros meses de 2015. Já somando os últimos quatro trimestres, o aumento foi de 6,3%, o que significou uma desaceleração de 1,6 ponto percentual frente ao resultado registrado no trimestre terminado em junho, na mesma base de comparação, sinalizou a Boa Vista SCPC.
A instituição considerou que o resultado do terceiro trimestre do ano mostra sinais de enfraquecimento da inadimplência das empresas, após oito trimestres de elevação contínua nos valores acumulados em quatro trimestres, “mantendo a tendência de desaceleração na análise de longo prazo”,

Fonte: Jornal Diáro do Comércio de Minas 


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