Confiança do empresário tem ligeira alta

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O empresário da indústria parece ter recuperado um pouco da confiança em março, ao mesmo tempo em que a ociosidade do parque industrial registrou ligeira redução. Os dados são da prévia da Sondagem da Indústria, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,1 ponto em março, para 75,8 pontos, em relação ao resultado final de fevereiro, de 74,7 pontos. Na comparação com março do ano passado, entretanto, a confiança está 3,6 pontos menor.

“Ainda temos a interpretação de que o resultado significa uma estabilidade, não uma melhora”, ressaltou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo.

Campelo observou que a confiança avançou em março por causa da avaliação dos empresários sobre a situação atual. As expectativas para o futuro, porém, mantêm a tendência de deterioração, indicando que os empresários não veem perspectiva de melhora para os próximos meses, ressaltou o responsável pela pesquisa.

“As expectativas não estão mudando, esse é o problema. Elas permanecem estacionadas nos níveis mais baixos da série. As empresas não estão prevendo continuidade no processo de melhora”, disse ele.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) atingiu 74,3% no mês, ante 73,6% em fevereiro. Foi o primeiro avanço no Nuci em 16 meses. A última vez que o parque industrial brasileiro viu sua ociosidade reduzida foi em novembro de 2014.
 
Estoques - A ligeira recuperação decorre do ajuste de estoques realizado por alguns segmentos ao fim do ano passado, o que dá margem a uma expansão da produção.
“Com alguns segmentos conseguindo equilíbrio nos estoques, qualquer demanda pode significar um aumento na produção, abre algum espaço para melhora”, justificou Campelo.

No entanto, o superintendente do Ibre ressalta que a retomada não foi generalizada entre os setores, uma vez que a demanda doméstica continua piorando. “Mas a demanda externa melhorou um pouco, por causa do câmbio”, lembrou.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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