Custos de produção na cadeia leiteira são desafio

Leia em 1min 40s

Para o diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínio do Estado de Minas Gerais (Silemg), Celso Costa Moreira, a abertura do mercado da China proporcionará importantes avanços para a cadeia produtora mineira. O Estado conta hoje com 25 empresas habilitadas a exportarem, as mesmas são consideradas aptas a buscarem autorização para ingressar no mercado chinês.

"O trabalho desenvolvido pela ministra Kátia Abreu foi muito positivo e importante para segmento. Se quisermos crescer dentro da cadeia do leite temos que alçar voos mais distantes, ocupando posição de vendas em mercados internacionais. Esse é um dos passos necessários, mas ainda temos desafios como o aumento da produtividade, melhorias genéticas, de manejo e gestão, que precisam ser desenvolvidos junto com a abertura de novos mercados", avalia.

Um dos principais desafios a ser superado são os elevados custos de produção da cadeia leiteira, o que torna o produto final menos competitivo que os demais. "O preço do leite em pó no exterior é muito baixo em relação ao praticado no Brasil. Mesmo com câmbio favorável ainda assim não temos competitividade para atuar no mercado internacional. Para se ter ideia, o preço pago pelo produto gira em torno de US$ 2 mil a tonelada, para termos capacidade de exportar seria necessário que a tonelada fosse comercializada a US$ 4 mil, valor que cobriria os custos operacionais e geraria margem para a indústria", ressalta.

Também são desafios o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) e a burocracia dos trâmites dentro do Ministério da Agricultura para que as empresas obtenham o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) para exportação.

"Uma empresa que esteja bem ajustada e organizada não leva menos de dois anos para obter o SIF exportação. Isso porque a infraestrutura do ministério, devido a cortes no orçamento ao longo dos últimos anos, é pequena para operar o sistema. Isso significa que as indústrias levam muito tempo para terem as plantas aprovadas, aumentando custos e reduzindo a competitividade nos mercados interno e externo", diz Moreira.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


Veja também

Atacadistas têm alta de 6,5% em julho

O desempenho do segmento atacadista distribuidor em julho frente ao mês anterior foi positivo, atingindo 6,5%. O r...

Veja mais
Com ajuda da banana, cesta básica de Porto Alegre se torna a mais cara do Brasil

                    ...

Veja mais
Risco de novo revés para o trigo

                    ...

Veja mais
Vendas de papelão ondulado caem 6,34% em agosto, informa a ABPO

As vendas de papelão ondulado - caixas, acessórios e chapas - caíram 6,34% em agosto de 2015 ante 2...

Veja mais
Venezuelanos se voltam para produtos caseiros diante de escassez prolongada

                    ...

Veja mais
Mercado formal de trabalho para pessoas com deficiência cresceu 6,5% em 2014

Em 2014, foram criados 23,5 mil empregos formais para pessoas com deficiência, segundo dados da Relaç&atild...

Veja mais
Perda de grau de investimento deve afetar o varejo

O aumento das taxas de juros e a retração no consumo devem atrasar inaugurações de shoppings...

Veja mais
China abre mercado para produtos lácteos brasileiros

Depois de demoradas negociações, iniciadas em 1996, a China informou ao Ministério da Agricultura, ...

Veja mais
Comércio virtual é novo desafio para a defesa do consumidor

A proteção para os que fazem compras por meio da internet e os custos para o Poder Judiciário na ap...

Veja mais