Mercado de milho está retraído

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O mercado brasileiro de milho teve inexpressivos negócios diante da volatilidade do câmbio em agosto. Os produtores recuaram, e os preços sofreram leves oscilações, beirando à estabilidade. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, houve muita indecisão por parte dos produtores, que decidiram recuar na parte das vendas.

Mas os portos não acompanharam a tensão do câmbio nos preços. "Em plena colheita da safrinha, a comercialização seguiu lenta", avalia Igleaisas. Até o dia 21, a colheita da safrinha de milho atingia 78,5% da área estimada, conforme levantamento de Safras para a região Centro-Sul. Em igual período do ano passado, o índice colhido era de 86,5%. A empresa de consuloria em agronegócio trabalha com uma área de 9,427 milhões de hectares, contra 7,966 milhões do ano anterior.

Os trabalhos estão mais avançados no Mato Grosso, que já colheu 90% dos 3,536 milhões de hectares. Em seguida vem Goiás, com 85% da área prevista de 1,557 milhão de hectares já colhido. Em terceiro, vem o Mato Grosso do Sul, com 77% colhido, nos 1,531 milhão de hectares semeados.

A tensão com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) que surgiu baixista na primeira quinzena de agosto derrubou os preços na Bolsa de Chicago (Cbot). Contudo, o vendedor não aceitou baixar os preços para o cereal. Nos Estados Unidos o quadro é de poucas novidades, com as lavouras de milho apresentando desenvolvimento adequado.

Embarques - As exportações de milho do Brasil renderam US$ 237,7 milhões em agosto (15 dias úteis), com média diária de US$ 15,8 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo País chegou a 1,405 milhão de toneladas, com média diária de 93,7 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 169,2.

Entre julho e agosto, houve alta de 67,2% no valor médio exportado, uma valorização de 68,3% na quantidade e um decréscimo de 0,7% no preço médio. Na relação entre agosto de 2015 e o mesmo mês de 2014, houve baixa de 29,9% no valor total exportado, recuo de 20% na quantidade total e desvalorização de 12,4% no preço médio.

A média de preços de agosto para o milho safrinha em Paranaguá esteve em R$ 31,60. No Porto de Santos, em R$ 32,00. No Paraná, a cotação ficou em R$ 25,17. Em São Paulo, a R$ 25,36 a saca, na Mogiana. Em Campinas CIF, a cotação ficou a R$ 28,48 a saca. No Rio Grande do Sul, preço ficou a R$ 29,11, em Erechim. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia esteve a R$ 25,39 a saca. Em Goiás, em R$ 21,69, em Rio Verde. Em Mato Grosso, a R$ 19,36, em Rondonópolis.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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