Rastreador de cargas reduz roubos

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                                Dispositivo criado pela mineira Alarmes Santa Rita funciona apenas por meio de leitura biométrica e facial



Um dos mais graves problemas que trazem grandes perdas financeiras para as empresas que transportam mercadorias e assombram os caminhoneiros é o roubo de cargas nas estradas, que aumenta a cada ano e que, na maioria das vezes, a carga nunca é recuperada. As perdas são enormes, chegando a um prejuízo estimado em mais de R$ 2 bilhões em todo o Brasil, nos últimos dois anos.

A região Sudeste é a mais afetada, registrando 85,31% das 17.500 ocorrências em todo o País em 2014. Em um estudo realizado pela NTC&Logística foi apontado que, desde 2011 até o ano passado, o número de roubo de cargas teve um aumento de 42%.

Para evitar esses transtornos e garantir a seguridade do transporte das mercadorias e a integridade do veículo, muitas empresas do ramo têm investido em tecnologia para combater esses tipos de crimes e viram nos rastreadores uma grande solução. Alguns modelos, como os fabricados pela Alarmes Santa Rita, empresa de Santa Rita do Sapucaí, município localizado no Sul de Minas, permitem um acompanhamento em tempo real e conseguem precisão da localização dos produtos roubados e dos veículos.

De acordo o diretor-presidente do Alarmes Santa Rita, Roberto de Souza Pinto, a eficácia do dispositivo, conhecido como "isca eletrônica", é cada vez mais satisfatória. "O nosso produto está integrado a um modelo de GPS europeu que está conectado a mais de 40 satélites, garantindo uma maior segurança para o transporte e exatidão na localização", ressalta. O modelo também possui padrão de utilização internacional e possui homologação em todos os continentes.

O diretor-presidente ainda destaca as qualidades do rastreador, que possui a mais avançada tecnologia de detecção do posicionamento geográfico do veículo e da mercadoria e um maior alinhamento com satélites, além de ter um excelente custo-benefício. "Com esse kit, mesmo que o veículo seja levado, ele será monitorado e sua localização será acompanhada em tempo real. Outro ponto positivo é o preço do dispositivo, que é muito abaixo do valor das cargas nos veículos e, por isso, está sendo tão procurado pelas empresas de transporte.

"O nosso sistema não se baseia apenas na compra do dispositivo, mas na concepção de um projeto de segurança, que será adequado ao perfil de cada um dos clientes e seus objetivos, podendo o produto custar menos de R$ 1 mil", argumenta. Pinto ainda garante que, a partir do uso do rastreador, é possível acompanhar, 24 horas por dia, o deslocamento do veículo em qualquer lugar, até mesmo em locais de difícil acesso, como, por exemplo, a Floresta Amazônica.

Tempo real - Outro grande diferencial do produto é que o dispositivo permite que a parte da carga transportada também seja rastreada pela central de monitoramento e, assim que apontada a efetividade de um roubo, a polícia é acionada e direcionada para o local indicado para reaver os volumes. Para conseguir essa precisão na recuperação da carga desviada, o dispositivo é aleatoriamente inserido nas embalagens e produtos durante o carregamento do veículo. "Fazemos uma amostragem do volume da carga e colocamos os rastreadores para que, se houver uma situação de roubo, extravio ou acidente, a chance de que o localizador esteja presente na mercadoria perdida seja de 100%", explica o diretor.

Além da aplicabilidade como rastreador de cargas e veículos, o dispositivo também pode ser utilizado para gestão de frota, transporte de valores, máquinas agrícolas e animais. "O produto ainda pode ser um aliado para o monitoramento de pessoas portadoras de alguma deficiência ou doença degenerativa, evitando sumiços ou acidentes", explica. O diretor comenta que o rastreador já é utilizado, por exemplo, pelas prefeituras para o monitoramento de seus veículos, como ambulâncias, carros oficiais e equipamentos industriais.

Leitura facial - O rastreador também se revela como um importante aliado para evitar o roubo de veículos, por possuir um sistema de identificação que permite que apenas o condutor possa dar partida no automóvel. A identificação do motorista é feita através de leitura biométrica e reconhecimento de face, por meio de câmera com protocolo próprio.

"O veículo só funciona se o leitor e a câmera reconhecerem a identidade do transportador, caso contrário ele não vai ligar e ficará bloqueado. Se a pessoa for obrigada a usar seus dados para acionar o veículo, após alguns minutos o sistema reconhecerá que o condutor não é o indivíduo cadastrado e impedirá que ele seja levado em um assalto, por exemplo", destaca o diretor-presidente. Durante esse processo, todas as informações recebidas são avaliadas pela central e repassadas para a polícia, que será direcionada para o local onde se encontra o veículo. O dispositivo ainda conta com as funções de controle do combustível e quilometragem, configuração de rotas e percursos e bloqueio do veículo.



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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