Vendas no Dia dos Pais devem ser dominadas pelo setor de confecções

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                               O valor médio da compra de presentes este ano é de R$ 127, enquanto que a quantia gasta com almoço ou jantar de família é de R$ 103



O Dia dos Pais não é das datas mais comemoradas no calendário do comércio e neste ano, então, com cenário de crise econômica, a situação ficou ainda pior para eles. Diferentemente de outros anos, quando os eletrônicos estavam no topo da lista, neste ano, os pais devem receber mais itens de vestuário e acessórios devem ser os mais procurados neste ano por quem vai presentear os pais, com 51,8% de intenção de compra pelos consumidores entrevistados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE). O valor médio da compra de presentes este ano é de R$ 127, enquanto que a quantia gasta com almoço ou jantar de família é de R$ 103.

Se não for bom para os pais, será bem pior para o varejo. Segundo a pesquisa da Fecomércio, feita em parceria com o Sebrae-PE, os empresários têm uma expectativa de vendas 9,7% menor que no ano passado. “Isso acontece por conta da inflação alta”, explica Rafael Ramos, economista da Fecomércio-PE. Segundo ele, o desemprego crescente, o endividamento das famílias e o aumento de impostos e juros fazem com que o consumo caia”. A pesquisa aponta que a maioria dos consumidores entrevistados afirmou que vai pagar em dinheiro, mas os empresários acreditam que a maior parte dos pagamentos será feita com cartão de crédito.

Frederico Leal, diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-Recife), também culpa a crise pela má expectativa do varejo. “A situação econômica está muito problemática. Tudo cria um clima de muita insegurança. Por isso teremos um Dia dos Pais menor que em 2014.” No entanto, Leal afirma que não faltam iniciativas do setor para tentar inverter esse quadro.

Essa tendência de baixas expectativas deve se manter até o fim do ano. “Vamos fazer outras promoções ainda em parcerias com lojas e shoppings”, afirma Leal, Para ele, a economia não vai mudar assim tão de repente. “O clima é de incerteza”, afirmou. Por outro lado, Rafael Ramos avalia que o restante do segundo semestre deve ser melhor que pelo menos o primeiro. “As famílias sofreram muito com os aumentos do primeiro semestre, mas aos poucos elas estão se reestruturando financeiramente. Vai melhorar, mas ainda não vai superar os índices de 2014.”

A pesquisa apontou que ainda existem empresários locais que não foram afetados pela crise e esperam vender mais que no Dia dos Pais de 2014. Thomaz Lera, gerente da loja de roupas masculinas Broomer, está entre os 15,8% dos empresários que afirmam não sentir os impactos da crise econômica.



Veículo: Jornal Diário de Pernambuco


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