Umidade excessiva do ar e do solo prejudicou o avanço das lavouras na última semana, aponta relatório da Emater
Com a semana caracterizada pela alta umidade do ar e do solo, provocada pelas chuvas que ocorreram durante o período - chegando a volumes expressivos em algumas áreas -, o plantio do trigo apresentou evolução lenta na última semana, chegando a 15% em nível estadual. De acordo com o informativo conjuntural da Emater, o percentual de área plantada para o período deveria ser de 20%. No ciclo passado, nesta mesma época - que apresentava condições climáticas semelhantes -, o percentual era de 12%.
Na região de Santa Rosa, uma das maiores produtoras e onde o percentual de área plantada atingiu 30% nesta semana, os agricultores estão preocupados com o atraso e esperam entrar nas lavouras assim que o tempo melhorar. Em algumas situações, os produtores arriscaram o plantio, mesmo com o solo bastante encharcado, ocasionando um plantio de pouca qualidade. Já as áreas implantadas no início do período recomendado pelo zoneamento apresentam boa germinação e desenvolvimento satisfatório. Os agricultores estão concluindo o preparo das áreas através da dessecação e esperam a umidade ideal do solo para dar continuidade à semeadura.
A região da Serra deverá dar início ao plantio nos próximos dias, porém deverá ser intensificado entre a segunda quinzena de junho e primeira quinzena de julho, se estendendo até fim de julho. Os agricultores estão em definição de área destinada ao cultivo do cereal, podendo ter influência positiva em função do surgimento de alguns contratos de venda futura a R$ 40,00 por saco de 60 quilos. O preço médio da saca de 60 quilos no Rio Grande do Sul ficou em R$ 29,22.
Em relação à canola, aproximadamente 95% das áreas destinadas à cultura foram semeadas em nível estadual. A cultura encontra-se na fase de germinação (30%) e em desenvolvimento vegetativo (65%), com bom stand inicial de plantas. Os agricultores estão conduzindo as lavouras com tecnologia preconizada pela pesquisa oficial, visando obter produtividade de 2.400 quilos por hectare. O temor dos produtores, no momento, é a ocorrência de geada, uma vez que a cultura é altamente sensível nesta fase (germinação e início de crescimento).
Veículo: Jornal do Commercio - RS