Cotação do café mantém tendência de alta

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O mercado internacional do café apresentou, na semana passada, positivo para as cotações. Foram renovadas as preocupações com a oferta diante de notícias vindas da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), do Procafé e do Conselho Nacional do Café (CNC) quanto à safra brasileira de café de 2015 e de 2016

 

 



De acordo com relatório divulgado pela empresa de consultoria em agronegócio Safras & Mercado, a semana começou com notícia da Fundação Procafé sobre a quebra da safra. A seca de 2014 e deste início de ano já afeta os resultados da safra de café 2016, segundo a prévia da pesquisa da Fundação Procafé, encomendada pelo Conselho Nacional do Café (CNC).

Segundo informações do presidente do CNC, Silas Brasileiro, a expectativa para 2015 é que esse número de safra não passe de 43 milhões de sacas. Para 2016, os resultados devem ser ainda piores.

Depois foi a vez de circular notícia da Cooxupé. A maior cooperativa de café do Brasil e do mundo deve ter uma colheita em sua área de atuação de 3,8 milhões de sacas de 60 quilos este ano. A safra foi duramente prejudicada pela falta de chuvas em 2014, informou o diretor da Cooxupé, Lúcio Dias.

Segundo Dias, o número é 14% menor que a estimativa anterior, que era de 4,4 milhões de sacas. Ele indicou que a Cooxupé terá de buscar no mercado, de outras cooperativas, 1,2 milhão de sacas para cumprir compromissos comerciais.

Segundo Safras & Mercado, essas informações reforçaram a apreensão global com a oferta de café, tendo em vista que o quadro já é muito ajustado contra a demanda. Assim, a Bolsa de Nova York para o arábica, que baliza a comercialização mundial, refletiu esses dados e os preços avançaram.

Mercado - No balanço da semana passada em Nova York, o café arábica para março subiu 1,8% até quinta-feira, passando de 161,90 centavos de dólar por libra-peso do fechamento do dia 30 de janeiro para 164,75 cents no fechamento do dia 5 de fevereiro.

No Brasil, os cafés de melhor bebida subiram ainda mais. Isso porque o dólar na semana até a quinta-feira avançou no comercial 2,1%, dando ainda melhor suporte às cotações do grão em reais. Assim, no Sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa avançou na semana 3,2%, passando de R$ 475,00 para R$ 490,00 a saca.

As exportações de café do Brasil renderam US$ 546,3 milhões em janeiro, com média diária de US$ 26 milhões. A quantidade total exportada pelo país no mês chegou a 2,725 milhões de sacas, com média diária de 129,8 mil sacas. O preço médio da tonelada ficou em US$á 200,50 por saca.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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