Padaria tem queda de 14% no resultado em 2014

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As incertezas em torno da conjuntura econômica afetam o desempenho da padaria Panecito, considerada referência no bairro Grajaú, na região Oeste. Conforme o proprietário, Welson Ladeira Senna, o resultado acumulado entre janeiro e outubro de 2014 é 14% inferior na comparação com idêntico intervalo do exercício passado. O tíquete médio gasto pelos clientes, que até 2013 era de R$ 12,40, caiu neste ano para R$ 9,92. Na visão dele, nem as festas de fim de ano não vão conseguir aquecer as vendas da maneira esperada. "Eu não enxergo nenhuma perspectiva de melhora em um futuro próximo. Para mim, 2015 será, na melhor das hipóteses, uma repetição do que foi 2014, um ano perdido para o comércio e indústria do país", lamenta o empresário. Para evitar um prejuízo mais significativo, ele tenta aguçar a curiosidade e atenção da clientela introduzindo novidades no mix de produtos.

O proprietário ainda enxerga a escassez de mão de obra qualificada como mais um grande desafio. Ele observa que quem normalmente procura trabalho em padaria são jovens sem experiência, atrás do primeiro emprego. Por isso, é necessário investir tempo e dinheiro em treinamento. "Mesmo assim, a rotatividade é grande e os atendentes permanecem até quatro meses na função em média", afirma. A empresa emprega um total de 58 funcionários.

Os atuais gargalos desmotivam o empresário a planejar investimentos maiores no curto prazo, seja em novas reformas na Panecito ou na abertura de outras unidades. Por enquanto, ele pretende se concentrar na aquisição de instrumentos e em treinamentos que reforcem a segurança dos colaboradores, sobretudo dos que atuam dentro da fábrica.

Os negócios da Panecito começaram há 22 anos, quando o atual proprietário estabeleceu uma sociedade com a sua mãe, irmão e dois amigos com o objetivo de abrir uma pequena padaria, na época com 60 metros quadrados. A loja foi sendo gradativamente ampliada e 15 anos mais tarde, em 2007, o ponto onde ela funciona atualmente ficou disponível e Senna enxergou a oportunidade de investir em um projeto muito mais ambicioso.

Naquele mesmo ano ele conseguiu transferir o seu negócio para o novo local, muito mais extenso, onde somente apenas a área de vendas tinha 200 metros quadrados. A indústria, onde é fabricada a grande maioria dos produtos que abastecem a padaria, contava com outros 120 metros quadrados. Em 2012, Senna investiu mais R$ 100 mil na ampliação da planta, que passou a ter área total de 210 metros quadrados. Hoje, ela é capaz de fabricar até 11 mil quilos mensalmente.

Um dos destaques da padaria é a quantidade de produtos que ela oferece. No total, é possível encontrar 786 itens de fabricação própria, como bolos, pães especiais, sanduíches, pizzas, caldos, salgados, além dos industrializados.

Após romper a sociedade com os amigos e familiares, em 2008 Senna encontrou um novo sócio, Pedro Santiago, proprietário da Vianney e um dos sócios da Boníssima. Os dois trabalharam juntos até 2011, quando o fundador adquiriu a parte que naquela época pertencia ao sócio.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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