Para Whirlpool, mercado deve crescer de 2% a 3%

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As indústrias fabricantes de linha branca, que neste ano tiveram vendas mais fracas devido à decisão de consumidores de adquirir aparelhos de TV para assistir aos jogos da Copa do Mundo da Fifa, tendem a apresentar um desempenho de vendas um pouco melhor em 2015, na avaliação de Armando Ennes do Valle Júnior, vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da americana Whirlpool na América Latina.

O executivo prevê para o segmento uma expansão de 2% a 3% em vendas no próximo ano. A projeção refere-se ao mercado como um todo - as perspectivas para as vendas da companhia não são divulgadas. "Não vai ser um ano de crescimento enorme, mas não há grandes preocupações, a não ser os níveis de inflação", afirmou.

Valle estima que o crescimento no próximo ano será impulsionado principalmente pelas vendas de máquinas de lavar louça, devido ao apelo de consumo menor de água, e pelas vendas da máquina de bebidas em cápsulas - que faz de chás a refrigerantes - anunciada em agosto pela companhia.

O executivo diz que a inflação precisa cair no curto prazo, para estimular o aumento do consumo. Sem citar números, ele disse que as indústrias já têm sofrido deterioração em receita e margem em função da inflação alta. Valle afirmou ainda que, se o próximo governo for eficiente no controle da inflação, o setor tende a apresentar um crescimento mais acelerado a partir de 2016.

Na visão de Valle, o resultado da eleição presidencial não causará um grande impacto nas perspectivas para o mercado de eletrodomésticos brasileiro. "Claro que se a Marina Silva for eleita, as questões mais ligadas à sustentabilidade tendem a ser um pouco mais complexas, mas não piores. Se permanecer a Dilma Rousseff não vejo grandes mudanças", disse.

O executivo avalia que o governo atual já tem adotado medidas para assegurar uma melhora no cenário econômico. "Não acredito que irão deixar as mudanças para o ano que vem. Em quatro a cinco semanas, devemos ver reajustes em tarifas e outras medidas sendo tomadas", afirmou.

Valle defendeu a exoneração tributária para a exportação de linha branca como alternativa para ganhar competitividade e ampliar a produção local, reduzindo custos e preços também no mercado interno. O executivo participou ontem do seminário "Brasil 2015 - Perspectivas para o País", promovido pela Amcham em São Paulo.


TPV espera repetir aumento de 50% nas vendas de televisores em 2015


A TPV Technology, fabricante de TVs e monitores que opera com as marcas AOC, Philips e Envision, prevê para 2015 um crescimento de 50% nas vendas de aparelhos de TV no mercado brasileiro, mantendo o mesmo ritmo de expansão projetado para este ano, quando a companhia estima chegar a 1,1 milhão a 1,2 milhão de unidades vendidas.

Para o segmento de monitores, a expectativa da companhia é de um crescimento de 20% no próximo ano, também em linha com o ritmo de 2014. A companhia estima fechar este ano com vendas de 1 milhão de unidades no país.

Em janeiro, a TPV comprou a participação de 30% que a Philips possuía na TP Vision, joint venture para fabricação de TVs, por uma quantia não revelada.

Bob Lambermont, vice-presidente de vendas da TPV, disse que o negócio foi finalizado em junho deste ano e, com isso, a companhia ganhou escala para disputar a liderança nos mercados de TVs e monitores. Atualmente, a empresa é a segunda maior fabricante de TVs no país.

"Nossa expectativa é que o setor volte ao volume de vendas de 2013, mas ganhamos competitividade e vamos crescer acima do mercado e ganhar participação", afirmou Lambermont.

O executivo disse que a companhia realizou neste ano um trabalho de organização que lhe permitirá acelerar o processo de expansão global. O mercado brasileiro, de acordo com Lambermont, representa em torno de 10% da receita global da TPV e a tendência para 2015 é superar esse índice, dado o ritmo de expansão no país.

O executivo disse que uma eventual mudança de governo não interfere nos planos de longo prazo da companhia.

"Hoje já trabalhamos pensando em 2015. Não podemos esperar uma decisão das urnas para tomar decisões de negócio. As eleições podem atrasar ou acelerar algum investimento, mas não creio que haverá grandes mudanças", disse. A TPV não divulga valor de investimento no Brasil.

O executivo disse apenas que a maior parte dos investimentos no próximo ano serão destinados a ações de marketing para fortalecer as marcas AOC e Philips. Ele participou ontem do seminário "Brasil 2015 - Perspectivas para o País", realizado pela Amcham em São Paulo.




Veículo: Valor Econômico


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