Preço da cesta básica dispara no mês de agosto

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Mais uma vez o preço do tomate puxou a alta dos preços da cesta básica em Rio Preto



Depois de três meses de baixa, a cesta básica rio-pretense voltou a subir no mês de agosto. Com alta de 1,67%, o preço médio da cesta fechou o mês passado em R$ 844,89, quase R$ 15 a mais que o valor médio de julho. No ano, o índice está acumulado em 4,05%, acima da inflação do ano de Rio Preto, que até julho era de 3,463%. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 8,1%.

A alta de agosto, apesar de parecer baixa, é preocupante, afirma o economista e coordenador da pesquisa Hipólito Martins Filho. "Estamos em um caminho problemático nos últimos meses. Os preços sobem muito e, quando caem, a queda é pequena. Estamos estabilizando em alta, sem nunca voltar para o patamar em que estávamos antes. Dessa forma, estamos sempre pagando mais caro", diz.

Um exemplo claro de que as baixas estão tendo pouco efeito no saldo final é o resultado de agosto. Dos 15 produtos analisados para o cálculo da pesquisa, oito fecharam em baixa, mas a redução não foi suficiente para abater a alta dos sete restantes. O tomate foi, mais uma vez, o vilão. O fruto fechou agosto com alta de 10,71%, em relação a julho. No acumulado dos últimos 12 meses, o tomate subiu 75%.

A carne aparece em seguida, com alta de 3,8% em agosto e 15% no acumulado dos últimos 12 meses. Completam a lista de alimentos que subiram o leite (2,57%), o pão (2,32%), a margarina (2,13%), o arroz (1,74%) e o frango (1,62%). "A situação está complicada por causa da estiagem, que continua sendo um sério problema para o País e para a nossa região. Além disso, o consumo continua alto, mesmo com a leve desaquecida da demanda, e o dólar voltou a pressionar", afirma Martins Filho.

No caso das carnes, o problema se agrava devido às exportações, garante o economista. "Estamos vendendo mais para outros países, isso reduz a oferta dentro do próprio País e leva a um aumento nos preços". Para os próximos meses, as expectativas não são as melhores. Para Martins Filho, no mínimo, a cesta estabilizará em alta, mas ainda deve voltar a subir, já que a aproximação com o fim de ano e as festas faz com que o consumo cresça.

"E ainda nem tivemos todos os aumentos esperados para os setores que influenciam diretamente na alimentação. Passadas as eleições, é possível que a situação piore," Uma opção para melhorar a situação? Investir na produtividade. "Temos que focar na base. Aumentar a nossa produtividade, investir em novas tecnologias e ajudar aqueles que lidam com a produção, dar incentivos", diz o economista.


Salário mínimo

Segundo a professora de matemática estatística Patrícia de Souza Correia Menandro, também responsável pela pesquisa, com a alta dos alimentos, o salário mínimo ideal passou de R$ 2.306, em julho, para R$ 2.348,24, em agosto. "Esse seria o salário ideal para uma família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, viver com os preços encontrados nos mercados de Rio Preto".



Veículo: Diário Web


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