Safra gaúcha de citros apresenta boa qualidade

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Condições climáticas do verão favoreceram culturas, e colheita de laranjas, bergamotas e limões chega a 35% no Rio Grande do Sul

A safra de citros do Estado deverá dar aos gaúchos frutas de boa qualidade e saborosas. É o que esperam os técnicos e produtores. O tempo bom verificado no verão, crucial para o desenvolvimento das frutas, ajudou. Mesmo a chuva dos últimos dias não deve atrapalhar a safra que tem previsão de colheita de 453 mil toneladas no Rio Grande do Sul entre bergamotas, laranjas e limões.

O assistente técnico regional de fruticultura da Emater no Vale do Caí, Derli Bonini, afirma que a área e a produção tem se mantido estável nos últimos três anos. Nesta safra, foram plantados 28,6 mil hectares de citros no Rio Grande do Sul. “Não tivemos aumento de área dos pomares. Há uma estagnação. A produção total deve ser igual a do ano passado”, estima.

No entanto, a qualidade deve ser o diferencial. Bonini ressalta que as condições climáticas de intempéries em excesso não estão prejudicando os pomares, pois boa parte está em colheita. Outro fator positivo para os citros é que não há ocorrência de fortes geadas que prejudiquem os frutos. “Tivemos a chamada geada negra em outros anos, que afetaram severamente as frutas. Neste ano, não tivemos nenhuma incidência mais grave”, salienta.

No Vale do Caí, principal região produtora do Rio Grande do Sul, se concentra cerca de 40% da produção gaúcha, especialmente de bergamotas. A área total é de 10,065 mil hectares que devem produzir 183 mil toneladas de citros. Conforme o presidente do Sindicato Rural de Montenegro, Romeu Esswein, a maior parte dos produtores vêm de minifúndios da região. A expectativa do dirigente é de uma safra boa, mas a comercialização anda a passos lentos. “Está muito parada. Com a Copa do Mundo, pouca gente está procurando a fruta, está tendo pouca saída”, alerta.

Bonini também confirma esta queda na procura durante este período dos jogos. Os preços também estão aquém do valor esperado pelos produtores. De acordo com o representante da Emater, o valor praticado está entre 10% e 15% abaixo do mesmo período do ano passado.  “No final de abril, a caixa chegou a valer R$ 25,00 e hoje está em cerca de R$ 12,00, praticamente uma queda de 50%”, informa.

Na Ceasa-RS, o valor também teve uma variação de 16,67% entre a última semana de junho e a primeira de julho, com o quilo da bergamota Caí passando de R$ 1,20 para R$ 1. Mas o gerente técnico da central, Amauri Pereira, avalia que este movimento é normal durante este período, devido a grande oferta de citros no mercado. “A safra está começando e diversas variedades se acumulam. É natural que haja uma queda. Há uma concorrência indireta entre produtos da mesma natureza”, ressalta.

A safra no Rio Grande do Sul ocorre no período entre abril e novembro. Algumas variedades de bergamotas, como a Caí e a Pareci, já tiveram sua colheita encerrada enquanto outras, como a Montenegrina, começam em agosto. No total, a estimativa é de que 35% das frutas cítricas no Estado já estejam colhidas. No Vale do Caí a colheita está em 50%.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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