Preço da cesta básica na Capital diminui 4%

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Custo do conjunto de alimentos essenciais em Porto Alegre passou para R$ 351,36 em junho, segundo o Dieese

O preço da cesta básica em Porto Alegre passou de R$ 365,99 em maio para R$ 351,36 em junho de 2014, um recuo de 4%. O montante desembolsado pelo conjunto de 13 alimentos essenciais também recuou em outras nove das 18 capitais brasileiras pesquisadas mensalmente pelo Dieese. As maiores quedas foram registradas em Belo Horizonte (- 7,33%), Campo Grande (-4,55%), Porto Alegre (-4%) e São Paulo (-3,25%). De acordo com o economista do Dieese-RS Ricardo Franzoi, no Rio Grande do Sul as chuvas de outono tiveram efeito positivo nos preços dos hortifrutigranjeiros, que foram os principais responsáveis pela diminuição do valor da cesta básica paga na capital do Estado.

Em junho, os consumidores gaúchos gastaram menos dinheiro para comprar feijão (-4,93%), tomate (-19,23%), batata (-12,54%), banana (-6,22%), óleo (-2,40%), café (-2,87%) e pão (-0,40%), mas viram os custos com farinha de trigo (6,12%), carne (2,34%), leite (0,46%), arroz (0,9%) e manteiga (0,09%) subirem em relação a maio. “O câmbio influenciou na estabilidade de preços dos produtos industrializados”, observa Franzoi, referindo-se a itens como o açúcar, que não registrou variação de custo de maio para junho, nem tampouco durante o acumulado do ano.

De acordo com o levantamento do Dieese, o montante desembolsado para a compra dos alimentos essenciais por quem recebe um salário-mínimo permaneceu estável na Capital, uma vez que o valor da cesta básica de junho representou 52,75% do piso nacional líquido, contra 54,95% em maio deste ano e 52,77% em junho de 2013. “No mês passado, o trabalhador com rendimento de um salário-mínimo necessitou cumprir uma jornada de 106 horas e 46 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos”, pontua Franzoi, citando que na média das 18 capitais pesquisadas, este tempo foi de 96 horas. “Neste sentido, o salário-mínimo não trouxe ganhos reais em relação ao ano passado”, avalia o economista. No acumulado do ano e em 12 meses, a cesta básica aumentou 6,74% em Porto Alegre. Nas demais capitais, entre julho de 2013 e junho de 2014, as maiores variações foram em Florianópolis (15,07%), Curitiba (12,84%) e Rio de Janeiro (10,79%). Já nos primeiros seis meses deste ano, as 18 capitais pesquisadas apresentaram alta no valor da cesta básica. No entanto, as elevações mais significativas ocorreram em Aracaju (14,24%), Recife (11,92%) e Brasília (11,86%).

Segundo o economista do Dieese-RS, com base na determinação constitucional que estabelece que o piso nacional deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, em junho de 2014, o salário-mínimo deveria superar em 4,11 vezes o vigente (R$ 724,00), passando para R$ 2,9 mil.

No entanto, aponta Franzoi, a “boa notícia” é que, hoje em dia, o trabalhador consegue comprar 2,12 cestas básicas em comparação há 20 anos, quando surgiu o Plano Real. Neste período, o preço do conjunto de 13 itens alimentícios essenciais variou 427,17% em Porto Alegre, enquanto as variações do INPC (indicador utilizado nas negociações salariais) e do salário-mínimo foram de 396,17% e de 1.017,46%, respectivamente.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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