Rexam investe US$ 3 milhões na fábrica de Pouso Alegre

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A partir do início de abril, unidade passará a produzir latas de 473 ml

A multinacional inglesa Rexam Beverage Cans South America (BCSA), indústria de latas e tampas para bebidas com duas fábricas no Sul de Minas, em Extrema e Pouso Alegre, está confiante em um bom desempenho do mercado neste ano e investe para diversificar ainda mais a produção. A partir do início de abril, a planta de Pouso Alegre passa a fabricar, também, as latas de 16oz (473 ml), além das de 8.4oz (250 ml), 12oz (350 ml) e 24oz (710 ml). O aporte em adaptações técnicas é de US$ 3 milhões, aproximadamente R$ 7 milhões.

Ao longo dos últimos três anos, a planta instalada no município já recebeu investimento de US$ 50 milhões, valor aplicado em sua reativação, uma vez que a fábrica encerrou as atividades em 2002, devido a questões estratégicas, e voltou a operar no final de 2010. Juntas, as unidades mineiras têm capacidade para produzir um total de 4 bilhões de latas, sendo que a de Extrema está mais perto de atingir a capacidade instalada e, portanto, é responsável por 60% do volume total. Segundo o diretor comercial da companhia, Renato Estevão, o planejamento para este ano consiste em reduzir a ociosidade de Pouso Alegre, atualmente próxima dos 20%.

A fábrica de Extrema fica em um terreno de 142 mil metros quadrados e ocupa uma área construída de 58 mil metros quadrados. Já em Pouso Alegre são 120 metros quadrados de terreno e 20 mil de área construída.

Além das unidades em Minas, a Rexam mantém outras nove fábricas espalhadas por outros estados brasileiros. Conforme Estevão, a multinacional não planeja a construção de outras plantas neste ano. Ele explica que o principal fator considerado para a abertura de um empreendimento é a proximidade de onde os clientes envasam seus produtos, com o intuito de reduzir os custos com logística. Contudo, ele ressalta que Minas é normalmente uma opção interessante, em decorrência da sua localização estratégica e boa receptividade por parte do governo.

Para a Rexam, Minas Gerais é um Estado estratégico e fundamental para atender às demandas da região Sudeste. As latas fabricadas aqui correspondem a 30% do total produzido no país. Como Minas é um Estado bastante extenso e com um elevado número de municípios, Estevão salienta que um dos desafios consiste em melhorar cada vez mais a logística. As duas fábricas empregam 250 funcionários e, de acordo com o executivo, não é difícil encontrar trabalhadores qualificados. "Estamos próximos de Itajubá, onde está uma grande universidade federal que nos fornece excelentes engenheiros", justifica.


Mercado -
A Rexam está bastante otimista em relação às perspectivas do mercado para este ano. Segundo o diretor comercial, o crescimento em 2014 deve ser de 8% na comparação com o ano anterior, índice bastante superior aos 3% observados no confronto entre 2013 e 2012. As boas perspectivas estão embasadas na Copa do Mundo, evento que deve impulsionar o consumo de bebidas e, conseqüentemente, a produção de latas. Além disso, o verão mais seco, com temperaturas mais elevadas, e o Carnaval tardio ampliam o período de demanda elevada.

Além de Minas Gerais, a multinacional tem outras apostas para o mercado latino-americano neste ano. Entre os destaques está a abertura de sua segunda linha de produção na unidade localizada em Santiago, no Chile. Com a expansão, a capacidade da fábrica deve atingir a marca de 1,9 bilhão de embalagens por ano no segundo semestre de 2014. O número representa um incremento de 800 milhões de latas anualmente. A fábrica de Brasília também deve passar a produzir latas de 9.1oz (270 ml), para atender à demanda da região Centro-Oeste e ainda de alguns clientes localizados em Minas.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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