País tem terceiro mês seguido de saldo positivo na criação de empregos

Leia em 3min 20s

O Brasil fechou o mês de junho com novo saldo positivo na criação de empregos. Foram abertos 9.821 postos de trabalho, em todo o país – uma variação de +0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Esta foi a terceira expansão consecutiva e a quarta registrada este ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na segunda-feira (17) pelo Ministério do Trabalho, em Brasília. “Este resultado confirma, mais uma vez, a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho do Brasil”, comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

 

O resultado de junho reflete a diferença entre 1.181.930 admissões e 1.172.109 desligamentos. No acumulado do ano, o crescimento chega a 67.358 vagas abertas, representando expansão de 0,18% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Em igual período de 2016, o saldo foi negativo em -531.765.

 

No acumulado dos últimos 12 meses, o Caged ainda aponta uma redução de 749.060 postos de trabalho, mas na comparação entre o saldo positivo de junho de 2017 (+9.821 postos) com o mesmo mês do ano passado (-91.032 postos) e de 2015 (-11.199 postos), a recuperação do mercado de trabalho se mostra significativa. “São números que nos dão a certeza de que, depois de dois anos de saldos negativos, o Brasil está voltando aos trilhos do crescimento, com a abertura de novas vagas para os trabalhadores”, disse o ministro.

 

Setorial

O saldo positivo de junho foi impulsionado por dois setores. A Agropecuária fechou o mês com 36.827 novos postos (+2,29%), repetindo o bom desempenho de maio, quando já havia registrado saldo positivo de 46.049 novos postos de trabalho. Mais uma vez, o cultivo de café foi o carro-chefe do crescimento, com 10.804 postos criados, principalmente em Minas Gerais.

 

Também se destacaram os subsetores de atividades de apoio à agricultura, que teve 10.645 vagas abertas, concentrado em São Paulo; cultivo de laranja, que abriu 7.409 postos, também concentrado em São Paulo; e o cultivo de soja, que teve 2.480 novas vagas, principalmente em Mato Grosso.

 

O outro destaque setorial foi a Administração Pública, que fechou o mês com a criação de 704 novas vagas de emprego (+0,08%). Já os demais setores apresentaram redução: Construção Civil, com -8.963 postos (-0,40%), Indústria de Transformação, com -7.887 postos (-0,11%), Serviços, com -7.273 postos (-0,04%), e Comércio, com -2.747 postos (-0,03%).

 

Na Indústria de Transformação, no entanto, três subsetores se destacaram com saldos positivos. O número de contratações foi maior que o de desligamentos na indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com +3.772 postos (+0,20%); indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, com +1.376 postos (+0,16%); e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria, com +735 postos (+0,08%).

 

No setor de serviços, também houve criação de novas vagas no subsetor de serviços médicos, odontológicos e veterinários, que teve 7.266 novos postos abertos.

Regiões e Estados - O desempenho regional do emprego com carteira, em junho, mostra que o Sudeste liderou a criação de vagas, com 9.273 novos postos (+0,05%). O desempenho da região foi puxado por Minas Gerais, que teve saldo positivo de 15.445 postos, graças à expansão dos setores de Agropecuária (+17.161 postos) e Serviços (+901 postos).

 

Outro destaque entre as regiões foi o Centro-Oeste, que abriu 8.340 vagas (+0,26%). Nesse caso, o saldo positivo foi impulsionado pelo Mato Grosso, com 5.779 vagas abertas, principalmente nos setores de Agropecuária (+2.614), Comércio (+1.070), Serviços (+761), Construção Civil (+757) e Indústria de Transformação (+531). Goiás também teve forte expansão, com 4.795 novos postos, refletindo o desempenho de Indústria de Transformação (+2.117), Serviços (+1.486) e Construção Civil (+628).

 


Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério do Trabalho

 

 

 

 

 


Veja também

INSS reduz em 132 mil a concessão de novos benefícios em 2017

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) divulgou o balanço do atendimento aos segurados e o volume de novos ...

Veja mais
Monitor do PIB da FGV mostra retração de 0,9% em maio

A economia brasileira teve retração de 0,9% em maio na comparação com abril, segundo dados d...

Veja mais
Mercado estima inflação menor em 2017 e 2018 e vê juros mais baixos

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente suas estimativas de inflação para os anos de 2017...

Veja mais
Alimentos tendem a contribuir com baixa dos preços até o final de 2017

São Paulo - Apesar de possíveis altas sazonais de preço no segundo semestre, a inflaçã...

Veja mais
Imposto de Renda 2017: Receita paga nesta segunda 2º lote de restituição

A Receita Federal vai pagar nesta segunda-feira (17) o segundo lote de restituição do Imposto de Renda de ...

Veja mais
CLT era empecilho para modernização, diz secretário do Ministério da Fazenda

O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, avaliou no s&aa...

Veja mais
Aprovação do Refis afetará a arrecadação, diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a versão do Programa Especial de Regularizaçã...

Veja mais
Indicador frustra previsões para PIB

A economia pisou no freio e frustrou as expectativas ao mostrar contração em maio, informou o Banco Centra...

Veja mais
Consumidor diz que corrupção é causa da crise

São Paulo - Nem inflação, nem desemprego nem dólar. Para 51,% dos consumidores brasileiros o...

Veja mais