Nem o inverno vai ajudar o varejista a vender mais

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São Paulo - Nem a chegada do inverno, que começou no final do mês passado, deve estimular o comércio a vender mais em julho. Segundo estimativa da Associação Comercial de São Paulo, o consumidor segue receoso, o indicador de vendas deve continuar estagnado.

 

Apesar da percepção de que as vendas não aumentarão, a entidade ressalta que, pelo menos, o volume de vendas não está mais caindo, o que é um alento para o setor. "A boa notícia é que, depois de dois anos experimentando quedas, não há motivos para o cenário piorar no próximo mês", diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

 

Mesmo com que o impacto seja pouco perceptível no mês de julho, o presidente da entidade acredita que a intensidade do frio no decorrer do inverno possa ter algum tipo de efeito nas vendas para os meses seguintes. Essa maior disposição, no entanto, ainda depende, na visão de Burti, de maior estabilidade no âmbito político. "A recessão pode até ter ficado para trás, porém o ambiente político precisa melhorar para a retomada da confiança do consumidor".


Resultado de junho

Depois de uma primeira quinzena com aumento médio de 2,4% em junho, as vendas do varejo paulistano encerram o mês com alta média de 1,2% em comparação ao mesmo período de 2016. "Como reforço para o comércio em junho, tivemos o Dia dos Namorados, a chegada do frio e o crescimento da massa salarial. Além disso, o uso dos recursos do FGTS inativo pelos consumidores foi fundamental para salvar o mês", diz Burti Em junho, as vendas a prazo e à vista apresentaram altas de 1% e 1,4%, respectivamente.

 

O balanço registra também que nos primeiros seis meses de 2017, o comércio viu suas vendas caírem em média 2,7% sobre o primeiro semestre de 2016; os recuos foram de 3,1% e de 2,3% nos sistemas a prazo e à vista, respectivamente. Já no ano passado, as vendas despencaram 11% no semestre.

 

E a crise?

Com relação a percepção do brasileiro sobre o atual cenário econômico, Burti é enfático: "A leitura é que a recessão perde força, mas não está superada. Os juros precisam cair mais para que as perdas sejam neutralizadas e o setor volte a crescer", pontua o presidente da ACSP, por meio de nota.

 

Quando visto o resultado sobre o mês anterior, as vendas em junho subiram em média 0,8%, mesmo com um dia útil a menos. Segundo Burti, o desempenho se deve às festas juninas ao longo do mês, ao Dia dos Namorados e à Parada Gay, que trouxe turistas de fora da cidade e do País.

 

 

Fonte: DCI São Paulo

 


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