Cooxupé registra queda no faturamento

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A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda (Cooxupé), com sede no Sul de Minas Gerais, faturou R$ 3,79 bilhões em 2016, encerrando o período com queda de 5,54% frente ao ano anterior. Mesmo com faturamento menor, o resultado foi considerado positivo pelo presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa. Para 2017 é esperada nova retração nos resultados, uma vez que a produção de café será menor em função da bienalidade negativa. Mesmo com previsão de queda na produção, as expectativas são de crescimento do mercado. Por isso, a Cooxupé investirá R$ 50 milhões em 2017. 

 

“A queda registrada no faturamento da Cooxupé foi muito pequena. O ano foi positivo para o café, que manteve os preços bons. Ao longo do ano, com os bons resultados gerados nas duas edições da Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas (Femagri), conseguimos vender bastante insumo e máquinas, e isso permitiu minimizar as perdas e chegar a um bom resultado financeiro no ano”, disse Paulino da Costa. 

 

Acreditando no crescimento do mercado, a Cooxupé investirá R$ 50 milhões na área de preparo do grão. “Hoje não estamos conseguindo preparar todo o nosso café e estamos mandando parte da produção para terceiros. O investimento será feito prevendo um crescimento de mercado”. 

 

No ano passado a Cooxupé recebeu 6,28 milhões de sacas de 60 quilos, volume que cresceu 21% ante as 5,19 milhões de sacas recebidas em 2015. Do volume total recebido, as negociações do café no mercado interno e externo somaram 5,82 milhões de sacas, aumento de 4% em relação ao resultado de 2015, quando foram comercializadas 5,57 milhões de sacas. A alta foi puxada pelo crescimento de 27% no mercado interno, para onde foram disponibilizadas 1,9 milhão de sacas. 

 

“A quebra da safra do café conilon fez com que o grão ficasse muito caro e as indústrias preferiram o arábica, que estava com preços mais favoráveis. Além disso, a Cooxupé tem a linha própria para o consumidor, que é o melhor do Brasil, e, no ano passado, vendemos toda a produção. A procura é maior do que nossa capacidade de produzir, já estamos trabalhando em três turnos. Vamos concluir os investimento na área de preparação do café para depois investir na torrefação”, explicou o presidente da Cooxupé. 

 

Exportações - Em relação às exportações, a Cooxupé embarcou 3,9 milhões de sacas, queda de 5,12% frente as 4,1 milhões de sacas de 60 quilos embarcadas em 2015. O café da Cooxupé é comercializado com 49 países, entre eles Alemanha, Argentina, Bélgica, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Itália, Japão, Suécia, entre outros. A exportação responde por 80% das atividades da Cooxupé. 

 

“Os embarques caíram porque o mercado interno absorveu maior volume de café. É preciso vender para o mercado interno e externo e a nossa preferência é manter o mercado local abastecido. Esperamos que os embarques cresçam em 2017, mas é difícil fazer previsão no Brasil”, explicou. 

 

Projeção - Em relação a 2017, a perspectiva é de safra menor. O volume total de café a ser recebido é de 5,6 milhões de sacas de 60 quilos, incluindo o produto de terceiros.

 

“Este ano não deve ser um ano melhor porque a produção de café será bem menor. A expectativa é receber menos café e os preços estão inferiores aos praticados no ano passado. A queda não será expressiva. A queda já é esperada pelo setor, não tem relação com a saúde da empresa e sim com a sazonalidade”, explicou Paulino da Costa. 

 

 

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas 


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