Empresariado de BH está otimista
Enquanto alguns se preparam para o Carnaval pensando em fantasias, música, diversão e bebida, outros estão de olho em atender muito bem a essas pessoas, trabalhar duro e garantir um lucro a mais durante a festa momesca. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio), 59,1% dos empresários do comércio varejista esperam crescimento de vendas neste Carnaval no comparativo com igual período do ano passado. Para bares e restaurantes, o índice sobe para 69%.
Além disso, mais estabelecimentos devem ficar de portas abertas durante a folia, com relação de 2016. A maioria dos donos de bares e restaurante, 76,7%, disse que abrirá todos os dias da folia. No ano passado, o índice dos que disseram que abririam ficou em 68,6%. Nos outros setores, 42,6% disseram que abrirão as portas durante a folia. No ano passado, esse índice ficou em 38,6%.
“Neste ano, mais estabelecimentos estarão abertos e haverá mais produtos e serviços disponíveis para os foliões”, acredita Milena Soares, analista de turismo da Fecomércio. Segundo ela, a expectativa de vendas maiores veio acompanhando a consolidação do Carnaval de Belo Horizonte. Ela informou que setores que mais se beneficiam com os impactos da folia, além de bares e restaurantes, são armarinhos, papelarias, calçado, vestuário e supermercados. Para este ano, a Belotur estima que cerca de 500 mil turistas venham a BH entre os dias 11 de fevereiro e 1º de março (Quarta-feira de Cinzas).
Otimismo - Segundo a pesquisa, no total, 73,8% dos comerciantes ouvidos acham que o Carnaval de rua de Belo Horizonte, deste ano, será positivo para as cadeias de comércio, serviços e turismo da Capital. A atração de mais turistas (53,3%), maior movimento (43,8%) e maior divulgação da festa (11,2%) foram os principais motivos citados pelos empresários. Enquanto donos de bares esperam mais movimento durante a folia, os demais comerciantes apostam no período pré-Carnaval, quanto acontecem alguns desfiles e ensaios de blocos.
Entre os bares e restaurantes, 51,5% esperam movimento maior durante a folia. Se for no período pré-Carnaval, o índice é de 27,3%. Entre os empresários dos outros setores do comércio ouvidos na pesquisa, 64,5% disseram esperar aumento no movimento no período que antecede o Carnaval. Se for durante a folia, o índice cai para 12,7%.
Pesquisa - Segundo a Fecomércio, para o estudo foram relacionados 17 bairros que compõem as regiões Centro-Sul (71%), Leste (25,4%) e Oeste (3,6%) da cidade. Essas foram as áreas escolhidas porque, de acordo com a Belotur, têm maior concentração de pessoas durante as festas de rua.
O questionário foi aplicado via telefone para 280 empresas do comércio varejista e 52 bares e restaurantes entre os dias 22 e 24 de janeiro. A pesquisa foi realizada pela área de Estudos Econômicos e o núcleo de Turismo da Fecomércio-MG, em parceria com a Belotur e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel).
Ana Amélia Hamdan
Fonte: Diário do Comércio de Minas