São Paulo - O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,5 ponto em outubro de 2016, para 81,9 pontos, compensando a queda de 1,7 ponto do mês anterior. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou pelo sexto mês consecutivo, em 2,3 pontos.
"Após registrar altas expressivas entre maio e agosto, a confiança do Comércio Varejista acomodou-se nos dois últimos meses. O nível ainda baixo do ICOM retrata o desempenho do setor cujas vendas continuam a diminuir, embora a taxas decrescentes", afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/Ibre.
Apesar da alta, o analista aponta que o mercado ainda mantém um pré atrás. "Com relação aos meses seguintes, a calibragem para baixo das expectativas mostra que o setor ainda tem dúvidas quanto à velocidade da recuperação do consumo das famílias", diz.
A alta do ICOM em outubro foi inteiramente determinada pelo Índice de Situação Atual (ISA-COM), que subiu 5,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 2,0 pontos. Houve alta em 7 de 13 segmentos pesquisados.
Com o avanço na margem, o ISA-COM fechou o mês em 74,1 pontos, o maior desde fevereiro de 2015. Assim como no caso do ICOM, a alta não foi amplamente disseminada, tendo alcançado 7 de 13 segmentos. Entre os dois indicadores que integram o ISA-COM, a maior contribuição veio do quesito que mede o volume da Demanda Atual, que subiu 7,3 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 2,0 pontos em outubro, para 90,6 pontos. "Apesar de ser a segunda queda consecutiva, o movimento parece representar uma tendência de acomodação do índice, uma vez que sua média trimestral continuou avançando, pelo décimo mês consecutivo [1,9 ponto]", diz a FGV, por meio de nota.
Fonte: DCI