O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicos (Fipe), André Chagas, elevou ontem de 1,56% para 1,60% a estimativa para a taxa de inflação de janeiro na cidade de São Paulo.
Em entrevista, ele disse que o leve ajuste para a forte taxa esperada no indicador teve ligação direta com o comportamento de alta expressiva do grupo Alimentação, mais precisamente da parte in natura, cuja variação foi de 8,31% na terceira quadrissemana do mês, ante aumento de 4,75% da segunda leitura de janeiro.
Se a taxa de 1,60% for confirmada para o fim do mês, representará a inflação mais intensa para janeiro em São Paulo desde 2003, quando o indicador da Fipe subiu 2,19%. Se levada em conta toda a série do instituto, um IPC de 1,60% representaria o resultado mensal mais intenso desde fevereiro de 2003, quando a inflação foi de 1,61%.
Ontem, a Fipe divulgou que o IPC registrou taxa 1,27% na terceira quadrissemana. O resultado ficou acima da previsão de Chagas, que era de uma inflação de 1,23%.
A Fipe esperava uma alta de 1,61% para o grupo Alimentação, mas o resultado efetivo foi uma variação positiva de 1,81% na terceira quadrissemana, ante elevação de 1,32% na segunda leitura do mês. "Com isso, elevamos a previsão para o grupo em janeiro de 1,42% para 1,75%. E há chances de vir algo acima disso", diz Chagas. /Estadão Conteúdo
Veículo: DCI