Variação entre preços de alimentos chega a 45%

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Para tentar amenizar os custos elevados da cesta básica paraense, pesquisar é a única e mais confiável saída para o consumidor economizar no fim do mês

 

 



O DIÁRIO percorreu cinco supermercados da capital paraense, nos bairros de São Brás, Marco e Pedreira, e, mesmo sendo bairros próximos, os preços dos itens com o mesmo peso e marca variaram bastante. O objetivo foi pesquisar os preços de alguns tipos de carnes, frangos, peixe e camarão. O quilo do camarão salgado sem casca foi o produto que teve maior variação.

No supermercado Formosa, localizado na Duque de Caxias, o quilo custa R$ 31,90. A poucos metros dali, ainda no bairro de São Brás, no Yamada Plaza, na avenida Governador José Malcher, o mesmo item era cobrado a R$ 46,55 o quilo. Ao total, a diferença chega a R$ 14,65, equivalente a 45% de aumento de um para o outro.Com a diferença de R$4,74, o quilo do peito de frango da marca Copacol foi o segundo produto da lista com mais disparidade de preço.

Desta vez, o Yamada Plaza aparecia com o preço mais em conta em relação aos outros supermercados. O valor no estabelecimento custava R$8,16, em contrapartida, no supermercado Cidade, localizado na avenida Pedro Miranda, o produto, da mesma marca e quantidade, chegava a R$12,90.

Já o quilo da carne moída de músculo bovino também apresentou variação de até R$ 2,00. Nos supermercados Cidade, Nazaré e Formosa, o valor era de R$ 16,40; já no Yamada, o quilo do item chega custar R$18,40.

Os demais itens seguiram com pouca diferença entre os estabelecimentos. O quilo do frango Americano, por exemplo, é de R$5,64 em quatro supermercados, com a alteração de Nazaré, localizado na Duque de Caxias, no Marco, com o valor menor de R$4,89.

Pesquisa DIÁRIO foi a 5 supermercados de Belém e constatou variação de preços em carnes, aves e peixe

DIFERENÇA

O empresário Álvaro Melo, de 54 anos, leva uma vida agitada, ele é casado e tem três filhos, mas gosta de ir pessoalmente fazer as compras mensais de casa. Devido à falta de tempo, ele costuma ir aos supermercados em vez de ir a feiras e mercados de bairros.

Mesmo sabendo que os produtos são mais caros, e com a desvantagem do congelamento, Álvaro acha mais cômodo.Apesar da comodidade, a lista e a caneta na mão são indispensáveis.

“Se for colocar a bico de lápis, vamos perceber que tem, sim, uma grande diferença de preços. Pesquisar e anotar os valores também é bom para economizar”, conclui.

ALIMENTAÇÃO CARA

Conforme uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas Socioeconômicas (Dieese/PA), a alimentação dos paraenses fechou o ano 2014 comprometendo 46% do salário mínimo de R$ 724. O custo da cesta básica alcançou o fim do ano passado em R$ 307,63, um reajuste acumulado no ano de cerca de 4%. Belém ficou entre as 11 capitais mais caras do Brasil.

As carnes estão entre os produtos vilões. Ainda de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará – Dieese-PA, o último aumento, que foi em dezembro, chega ser mais de 5%.

O preço da carne comercializada nas feiras, açougues e nos supermercados apresentou uma alta acumulada de janeiro a dezembro de 2014, quase 30% contra uma inflação de 6,23% (INPC/IBGE) calculada para o mesmo período. A expectativa é que o item aumente durante o início de 2015.



Veículo: Diário do Pará


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