Preços de Florianópolis têm maior alta do país

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Inflação da carne puxou o resultado no município nos últimos 12 meses, de acordo com o Dieese

Florianópolis foi a capital brasileira com maior aumento do preço da cesta básica nos últimos 12 meses. A cidade lidera pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com 15,07 % de crescimento entre julho de 2013 e junho de 2014, seguida por Curitiba (12,84%) e Rio de Janeiro (10,79%).

O aumento do preço da carne (21,06%), item de maior peso na cesta, foi um dos fatores mais determinantes nesta alta, conforme José Álvaro de Lima Cardoso, supervisor técnico do Dieese em SC. O aumento dos preços de produtos como banana (50,03%), feijão preto (22,93%), leite (21,06%) e pão (13,3%) também influenciaram o resultado.

– A cesta subiu mais que o dobro da inflação do período. Florianópolis está em posição horrível, mas em junho percebe-se que os preços estão se acomodando, porque houve um aumento de 0,98% – afirma.

Na comparação entre junho e maio, o preço da cesta básica diminuiu em 10 das 18 capitais analisadas pelo Dieese. Já na análise em 12 meses encerrados em junho, 16 cidades registraram alta. As únicas capitais com recuo no preço médio da cesta básica foram João Pessoa (de 1,32%) e Aracaju (0,17%).

Em junho, São Paulo foi a capital com cesta básica mais cara (R$ 354,63). Florianópolis é a cidade com o segundo valor mais alto para a cesta, de R$ 353,76, seguida por Porto Alegre (R$ 351,36). Conforme Cardoso, essa pode ser considerada uma posição “atípica”, pois Florianópolis costuma estar entre a quarta e sexta posição entre as mais caras.

Salário mínimo deveria ser R$ 2.979, conforme Dieese

De acordo com o Dieese, o salário mínimo deveria corresponder a R$ 2.979,25 em junho para suprir as necessidades básicas do trabalhador brasileiro e de sua família. A instituição leva em conta o custo apurado para a cesta básica mais cara no mês, a de São Paulo, e a determinação constitucional de que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Pelas contas da instituição, portanto, o menor salário deveria ser 4,11 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724.



Veículo: Diário Catarinense


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