Comerciantes de BH comemoram vendas na Copa

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Manifestações pacíficas e com baixa adesão, exceto pelo protesto no primeiro dia de realização da Copa do Mundo que acabou em confronto entre polícia e manifestantes, estão permitindo que os bares, restaurantes e supermercados de Minas Gerais consigam alcançar as vendas aquecidas esperadas para o período. O ambiente deste ano é inverso ao do ano passado, na Copa das Confederações, quando muitos comerciantes tiveram prejuízos. A capital mineira é uma das cidades-sede do evento futebolístico e até hoje recebeu cinco jogos da Copa, com a presença de milhares de turistas. O próximo e último jogo da Copa que Belo Horizonte vai sediar será na terça-feira, 8.

"Até o momento, nós percebemos que os protestos, a não ser o do dia de abertura da Copa, estão sob controle. Isso gera otimismo e o porcentual de crescimento nas vendas pode ficar acima do previsto", declarou a analista de pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomercio MG), Luana Oliveira. A Fecomércio MG havia feito, em abril, um levantamento sobre expectativas de vendas para a Copa. Na época, 30,4% dos empresários acreditavam que o fluxo de turistas iria aumentar as vendas entre 10% e 20%, mas 42,2% disseram que as manifestações poderiam ser um risco para a expansão de vendas. Luana citou que segmentos como bares, restaurantes, supermercados, distribuidores de bebidas e lojas de eletrodomésticos podem ser os maiores beneficiados com o evento neste ano.

De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel MG), a previsão de movimentação financeira nos bares e restaurantes de Belo Horizonte durante a Copa do Mundo é de R$ 70 milhões. Em algumas regiões, como a Savassi, ponto de encontro dos torcedores brasileiros e estrangeiros, e em torno do Mineirão, foram registrados movimento e faturamento pelo menos 100% maiores durante o Mundial.

Entretanto, em outras regiões da cidade, mais longe do centro e dos principais pontos turísticos, não houve crescimento nem retração. Conforme a Abrasel, nessas áreas os tradicionais frequentadores apenas são substituídos igualmente pelos turistas.

Para o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, as vendas de junho vão apresentar um desempenho bem melhor que maio, principalmente em seções como carnes, bebidas, decorativos e salgados (amendoins e queijos, entre outros). Em maio, o faturamento dos supermercados mineiros subiu 1,51% ante o mesmo mês de 2013, mas recuou 1,27% ante abril, por conta da sazonalidade.

"As empresas que planejaram ações de vendas para a Copa nos pontos de venda estão com boa demanda. Essas seções estão apresentando, em média, um volume 20% maior nesse período de Copa em relação à mesma época do ano passado. Alguns itens chegam a 40%. Isso ocorre mesmo com o fechamento mais cedo das lojas nos dias de jogos", informou o executivo. Rodrigues disse que esse período de maiores vendas vai contribuir para o cumprimento da projeção para o ano de um crescimento de 3,5%. De janeiro a maio, o faturamento dos estabelecimentos de Minas Gerais cresceu 2,56%.



Veículo: A Tarde - BA


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