Kirin vende menos e reduz metas no Brasil

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Por Adriana Meyge | De São Paulo

Após fechar os resultados da primeira metade deste ano, a japonesa Kirin Holdings reduziu as estimativas de lucro operacional e receita de sua controlada Brasil Kirin (ex-Schincariol) para 2014. A projeção inicial era de um ganho operacional de 11,9 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 260 milhões) neste ano. A nova estimativa é de 7 bilhões de ienes (cerca de R$ 152 milhões).

Para a receita, a nova projeção de crescimento no Brasil é de 15,7% neste ano, na comparação com o ano passado, para 206,2 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 4,5 bilhões). Antes, a empresa previa uma alta de 21%.

A Kirin informou que o volume de cervejas e de refrigerantes vendido pela Brasil Kirin recuou no primeiro semestre em relação a igual período do ano passado. Apesar disso, a receita da companhia aumentou 5,1%, para 88,3 bilhões de ienes (R$ 1,9 bilhão), com a ajuda de reajustes de preços implementados no ano passado.

O prejuízo operacional da Brasil Kirin diminuiu de 4,2 bilhões de ienes para 3,9 bilhões de ienes, na comparação entre os primeiros semestres do ano passado e deste ano.

A controladora da Brasil Kirin citou o ritmo de crescimento moderado da economia brasileira e a alta competitividade no mercado de bebidas como fatores que explicam a queda do volume de vendas.

A concorrente Ambev informou em julho que seu volume de vendas de cerveja aumentou 9,1% no primeiro semestre, na comparação anual, enquanto a receita líquida da categoria cresceu 16,3%. A Ambev patrocinou a Copa do Mundo no Brasil e tinha exclusividade para vender suas cervejas Budweiser e Brahma nos estádios e nas festas Fan Fest, organizadas pela Fifa. O volume de refrigerantes como Guaraná Antarctica e Pepsi cresceu 5,4% na mesma comparação, com alta de 10,2% na receita.

A Kirin afirmou que continua construindo um "forte portfólio de marcas" e que se esforça para maximizar a presença de sua principal marca de cerveja, a Schin. Em refrigerantes, a companhia disse que adotou medidas para fortalecer os refrigerantes da marca Schin e que expandiu o território de vendas da marca Fibz, lançada no país no ano passado.

O lucro líquido da Kirin Holdings caiu 76% no primeiro semestre, na comparação anual, para 14 bilhões de ienes (cerca de US$ 138 milhões). A receita líquida recuou 3,6%, para 1,05 trilhão de ienes (US$ 10,4 bilhões), com quedas no negócio de bebidas no Japão e na divisão farmacêutica. A receita de bebidas em outras regiões, incluindo o Brasil, subiu 2,7%.


Veículo: Valor Econômico


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