Crescimento nas vendas em BH registra perda de ritmo

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Elevação em agosto foi de 1,63% contra 3,49% no mesmo mês de 2013



As vendas do comércio varejista da capital mineira cresceram 1,63% nos primeiros oito meses deste ano em relação ao mesmo intervalo de 2013. O resultado confirma a percepção do setor em relação ao atual cenário econômico, uma vez que, embora ainda tenha se mantido positivo, representa o pior crescimento para o período nos últimos cinco anos. Na mesma base de comparação, o varejo belo-horizontino apresentou altas de 3,49% em 2013; de 7,34% em 2012; de 6,25% em 2011 e de 6,5% em 2010.

Os dados correspondem ao termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) de agosto e, segundo a economista da entidade, Ana Paula Bastos, se justificam pela combinação de fatores econômicos observados no decorrer deste exercício.

"O aumento da inflação tem efeito corrosivo direto sobre a renda das famílias, enquanto o aumento das taxas de juros dificulta o acesso ao crédito e, conseqüentemente, à aquisição de bens de maior valor agregado. Tudo isso está refletindo diretamente sobre as vendas do comércio em todo o país", justifica.

Tamanho tem sido o impacto dos desempenhos negativos sobre o comércio da Capital que a CDL-BH já reviu para baixo as perspectivas de crescimento para 2014. Inicialmente, a expectativa da entidade era de um aumento de 3,5% nas vendas deste ano em relação a 2013. Agora é esperado um desempenho entre 2% e 2,5% maior no mesmo tipo de comparação. "E esse número ainda pode mudar novamente, dependendo do que ocorrer daqui para frente", pondera.

Ainda em relação ao acumulado do ano até agosto, os setores que apresentaram crescimento no varejo de Belo Horizonte foram: supermercados e produtos alimentícios (5,75%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (3,37%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (1,2%); artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (0,81%); e produtos farmacêuticos (0,45%).

Quando comparado com o mês anterior, as vendas registraram alta de 1,12%, com destaque para: papelarias e livrarias (10,44%); veículos novos e usados (2,1%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (1,08%); supermercados e produtos alimentícios (0,91%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (0,76%); produtos farmacêuticos (0,26%). Apresentaram queda: ferragens, material elétrico e de construção (-1,47%) e artigos diversos (-0,4%).


Dia dos Pais - "Neste tipo de comparação, por exemplo, podemos ter ainda a influência do Dia dos Pais. Segmentos com os maiores incrementos, como papelarias e livrarias, veículos novos e usados, tecidos, vestuário, armarinho e calçados, acabam refletindo a demanda da data comemorativa", destaca Ana Paula Bastos.

Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o varejo da capital mineira apresentou aumento de 0,81% em agosto. Neste caso, os segmentos de veículos novos e usados (2,22%); papelarias e livrarias (1,85%), supermercados e produtos alimentícios (1,54%); artigos diversos (0,7%); e máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (0,14%) tiveram as maiores altas. Por outro lado, apresentaram queda: produtos farmacêuticos (-2,98%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-0,75%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,98%).



Veículo: Diário do Comércio - MG


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