Unilever propõe marco regulatório para setor reduzir embalagens

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O presidente da Unilever no país, Fernando Fernandez, defende que o Brasil tenha um marco regulatório para reduzir à metade o consumo de embalagens



Para o executivo, a concentração e a compactação de produtos permitiriam um salto de sustentabilidade, sem causar nenhum prejuízo para os consumidores."O que o Brasil necessita para tomar uma posição de liderança nessa área [de sustentabilidade] é um marco regulatório diferente", diz."Governo e indústria devem ser realmente parceiros para definir uma regulamentação que permita eliminar o que não agrega valor na cadeia de consumo."Ele diz não temer uma maior interferência do governo na indústria.

"Como produtor de alimentos, acho fantástico ter um governo forte na área de regulação, porque se assegura o respeito ao consumidor e um marco competitivo comum", afirma."Se é possível tirar 300 mil, 500 mil caminhões das ruas por ano, se posso reduzir à metade o consumo de embalagens, sem nenhum prejuízo para o consumidor, por que o governo não deveria intervir?", questiona.A Unilever transporta 2 milhões de toneladas por ano. Muitos produtos têm na água o seu maior componente, caso do detergente líquido."Não é fácil, porém, para o consumidor entender que vai lavar a mesma quantidade com uma embalagem menor." Hoje, há produtos com tecnologia disponível para concentrar o produto, sem que o consumidor tenha de dilui-lo em casa, relata.

"Gastaria muito menos embalagem, plástico, além de diminuir componentes. Esperamos que o resto da indústria e o governo compreendam a importância disso."Fernandez afirma que não conta com benefícios do governo para fomentar o uso de artigos mais sustentáveis.


"Não pedirei ao governo um sacrifício fiscal para promover a migração para os produtos concentrados, mas é importante que as autoridades regulatórias determinem que essa redução de água, componentes e embalagens ocorra aos poucos."O corte seria de "fillers" (componentes que dão densidade, incham o produto), no caso do sabão em pó.Com a tecnologia atual, esses "fillers" não têm mais utilidade e apenas encorpam o conteúdo, de acordo com o executivo.A companhia está disposta a compartilhar a tecnologia para concentrar com os concorrentes, afirma.

"Somos os únicos no mercado com os concentrados e nos propomos a partilhar esse conhecimento para difundir o uso dos produtos."Cerca de 30% das vendas de detergente líquido da empresa já são de concentrados."Por lavagem, esses produtos são mais baratos", diz.



Veículo: Folha de S. Paulo


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