Dreyfus injeta R$ 100,6 milhões no negócio de suco no Brasil

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A francesa Louis Dreyfus Commodities (LDC), uma das maiores empresas do setor de agronegócios do mundo, fará um aumento de capital em seu negócio de suco de laranja no Brasil. A companhia aprovou no início deste mês um aporte de R$ 100,6 milhões na LDC Agroindustrial, que reúne seus ativos citrícolas no país. Na ata da assembleia extraordinária que definiu a injeção, publicada no Diário Empresarial de São Paulo na semana passada, não foi informado o destino dos recursos. Procurada, a multinacional não concedeu entrevista.

Em 2013, o negócio de suco de laranja da companhia apresentou resultados negativos, refletindo o momento também ruim da commodity no mercado internacional, que há anos padece de uma demanda global decrescente. A receita líquida da LDC Agroindustrial cresceu 9,1% no ano, para R$ 1,198 bilhão, mas despesas operacionais 32,9% maiores (R$ 117,4 milhões) minaram o desempenho na múlti no segmento. O resultado líquido foi negativo em R$ 95,5 milhões, apenas um pouco abaixo do prejuízo que já havia sido registrado em 2012 (R$ 114,6 milhões).

Ainda assim, a divisão que reúne os negócios de suco de laranja no país conseguiu diminuir seu endividamento bancário em 11,9% na mesma comparação, para R$ 1,4 bilhão. No entanto, a parcela da dívida com bancos, de vencimento em até 12 meses, avançou de R$ 794,5 milhões, no fim de 2012, para R$ 959 milhões um ano depois.

Ao considerar todos os negócios da companhia no país - reunidos na Louis Dreyfus Commodities Brasil, com exceção da operação sucroalcooleira, que está sob o guarda-chuva da Biosev -, o desempenho também não foi muito diferente. Em 2013, o prejuízo líquido consolidado foi de R$ 131,6 milhões, ante perda de R$ 95,3 milhões no ano anterior. Isso apesar do crescimento de 24% na receita líquida, para R$ 13,9 bilhões.

Globalmente, os números da controladora Louis Dreyfus Commodities foram positivos, apesar de mais baixos que em 2012. No ano passado, a companhia obteve lucro líquido de US$ 640 milhões, 34% menor que o obtido em 2012, apesar de as vendas terem crescido 11%, para US$ 63,6 bilhões. Nos primeiros seis meses de 2014, o desempenho da controladora deu sinais de avanço. Segundo balanço publicado no mês passado, seu lucro líquido global ficou estável em US$ 260 milhões em relação ao mesmo período de 2012 e a receita líquida registrou incremento de 16%, para US$ 33,7 bilhões.



Veículo: Valor Econômico


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