Renan cobra aprovação rápida de nova tributação do comércio eletrônico

Leia em 2min

BRASÍLIA - Ao abrir a sessão temática para discutir assuntos federativos, que se realiza nesta quinta-feira no plenário do Senado com a presença do ministro Guido Mantega (Fazenda), o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobrou da Câmara dos Deputados a rápida aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que promove repartição dos tributos cobrados em operações não presenciais, como o comércio eletrônico. Cobrou, também, que o governo trabalhe por esta aprovação.

 

"Daremos celeridade aqui [à aprovação do projeto que muda o indexador da dívida de Estados e municípios com a União e da resolução que reduz as alíquotas do ICMS em operações interestaduais] e esperamos, em contrapartida, que a Câmara priorize a partilha do imposto do comércio eletrônico", disse.


Calheiros citou que a maioria das lojas virtuais é sediada em poucos Estados, que são os mais ricos da federação. "Atualmente, o ICMS nas operações pela internet é pago na origem. Na nossa proposta, aprovada por unanimidade no Senado, caberá ao Estado do destino o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a estadual".
O senador afirmou que, no ano passado, o comércio eletrônico movimentou R$ 19 bilhões, para mostrar o volume de recursos que essas operações representam.


"Nunca é demais, ministro, lembrar que, quando acabamos com a guerra dos portos, o governo assumiu compromisso com Senado e o país de ajudar na aprovação da partilha dos impostos do comércio eletrônico pela Câmara. Não podemos encerrar este ano sem que este compromisso seja cumprido de lado a lado", disse.


Participam desta sessão temática os governadores Teotonio Vilela (PSDB), de Alagoas, e Silval Barbosa (PMDB), do Mato Grosso.


No Senado, estão em discussão uma resolução para reduzir as alíquotas do ICMS em operações interestaduais, para combater a guerra fiscal, e uma proposta de fundos de compensação dos Estados que terão prejuízos com o fim da guerra fiscal.


Renan afirmou que essa terceira sessão temática do Senado se propõe a "aprofundar debate novo pacto federativo para país", que atenda a todos os entes da federação de forma mais equânime. Ele afirmou que o Brasil apresenta uma boa saúde financeira, mas há insegurança no ramo produtivo e o governo precisa estar atento, para recuperar investimentos.


Por Raquel Ulhôa, Edna Simão e Ribamar Oliveira | Valor

 

 

Fonte: Valor Econômico (24.10.2013)

 


Veja também

Quem reduzir consumo de energia terá bônus na conta, diz secretário

Bônus será para quem economizar 10% de energia com relação a 2020   O Brasil passa pel...

Veja mais
Confaz prorroga até 31 de dezembro a isenção de ICMS sobre transporte no enfrentamento à pandemia

Convênios prorrogados também amparam empresas, autorizando que os estados não exijam o imposto por d...

Veja mais
Mapa estabelece critérios de destinação do leite fora dos padrões

PORTARIA Nº 392, DE 9 DE SETEMBRO DE 2021   Estabelece os critérios de destinação do le...

Veja mais
Empresa não deve indenizar por oferecer descontos apenas a novos clientes

Não há vedação legal para que fornecedores de serviços ofereçam descontos apen...

Veja mais
Justiça do Trabalho é incompetente para execução das contribuições sociais destinadas a terceiros

A 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ), ao julgar um agravo de petiç&...

Veja mais
Corte Especial reafirma possibilidade de uso do agravo de instrumento contra decisão sobre competência

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu embargos de divergência e reafirmou o entend...

Veja mais
Partidos questionam MP sobre remoção de conteúdo das redes sociais

Seis legendas buscam no STF a suspensão dos efeitos da norma assinada pelo chefe do Executivo federal.   O...

Veja mais
Consumo das famílias cresce 4,84% em julho, diz ABRAS

Cebola, batata e arroz foram os produtos com maiores quedas no período   O consumo das famílias bra...

Veja mais
Lei que prorroga tributos municipais na epidemia é constitucional, diz TJ-SP

Inexiste reserva de iniciativa de projetos de lei versando sobre matéria tributária, a teor do dispos...

Veja mais