Secretário da Fazenda não vê espaço para aumento da carga tributária

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BRASÍLIA - O secretário-executivo interino do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, disse que "não há espaço para aumento da carga tributária", o que obriga o governo a avançar em reformas importantes, entre elas justamente a tributária. Por esse motivo, ele ressaltou a importância de adoção de medidas como os chamados sistemas de custeio - para melhorar a eficiência do gasto e a qualidade dos serviços públicos. O secretário participou nesta quarta-feira da abertura do III Congresso de Informação de Custos e Qualidade do Gasto no Setor Público, em Brasília.

 

Oliveira afirmou que nos últimos anos o país conseguiu crescer mais e reduzir o desemprego, mas que a melhoria dos serviços públicos é um grande desafio para o governo. "A sociedade, de maneira evidente e clara, manifesta insatisfação com a qualidade do serviço público", frisou.


Já o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin destacou no evento que neste ano ficou evidente, com as manifestações das ruas, que existe uma cobrança social de eficiência dos setor público. Por isso, destacou a importância do sistema de custos no governo federal para analisar a qualidade dos gastos e avaliar se estes estão obtendo os resultados esperados. "Me parece que as manifestações são exigências de maior qualidade", comentou Augustin.


Para o secretário, o país passa por um momento importante na implementação de sistemas de custos pelo governo federal e de disseminação disso para as esferas estaduais e municipais. Ele ressaltou tais sistemas estão previstos há muito tempo na legislação brasileira para medir os próprios custos. "É um desafio que sempre foi colocado e, na minha opinião, não foi vencido", disse Augustin.


Durante a abertura do evento, a secretária-executiva do Ministério do Planejamento, Eva Chiavon, destacou ainda que "não podemos demonizar o custeio" da máquina pública. Mas, segundo ela, é preciso combater o desperdício, que existe, para ganhar eficiência nos gastos públicos.


Por Edna Simão | Valor

 

 

Fonte: Valor Econômico (09.09.2013)

 


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