CNJ quer destravar execução fiscal de dívidas tributárias

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Um grupo de juízes federais liderado pelo conselheiro Guilherme Calmon, coordenador das ações de conciliação na Justiça Federal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estudará medidas para agilizar as ações de execução fiscal de dívidas tributárias em trâmite na Justiça Federal. A ideia, segundo o conselheiro Calmon, é incentivar métodos consensuais em ações relacionadas à execução fiscal, a partir das experiências já desenvolvidas em alguns estados.

 

Estratégias e resultados de alguns projetos implementados nos estados foram discutidos nesta última segunda-feira (9/9) em uma primeira reunião, realizada na Corregedoria Nacional de Justiça. Participaram da reunião o conselheiro Guilherme Calmon, o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Friedmann Anderson Wendpap e representantes dos Tribunais Regionais Federais (TRFs).


Durante a reunião, os representantes dos TRFs relataram as experiências desenvolvidas em Presidente Prudente (cidade do interior de São Paulo), em Maringá/PR e no Distrito Federal, entre outras iniciativas. O CNJ não dispõe hoje de um número atualizado de ações em trâmite e dos valores envolvidos, por isso uma das primeiras medidas a serem implementadas será o encaminhamento de um ofício aos tribunais em que se solicitem informações sobre os processos de execução fiscal de créditos tributários e não tributários.


De acordo com a juíza federal Gilda Maria Carneiro Sigmaringa Seixas, representante do TRF1, apenas na Seção Judiciária do Distrito Federal há cerca de 120 mil ações de execução fiscal, grande parte delas referentes a créditos devidos à Fazenda Nacional, o que também acontece em outros estados.


Nos próximos dias, deverá ser agendada uma reunião entre membros do CNJ, procuradores-chefes da Fazenda Nacional e representantes da Receita Federal, em que serão discutidas medidas que possam incentivar a resolução de ações de execução fiscal de dívidas tributárias.


Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o CNJ, em 2011, apontou que o tempo médio de tramitação de uma ação de execução fiscal no Brasil é de oito anos, dois meses e cinco dias. Já o custo médio de um processo de execução fiscal é de R$ 4.368,00.

 

 

Fonte: Conselho Nacional de Justiça / AASP (11.09.2013)

 


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