Brasil gera 137,3 mil novos postos de trabalho em setembro

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Mercado formal registrou crescimento em todas as cinco regiões do Brasil

 

O emprego continua a crescer no Brasil. O mês de setembro fechou com saldo positivo de 137.336 novas vagas no mercado formal, um acréscimo de 0,36% em relação ao mês anterior. Esse desempenho foi resultado de 1.234.591 admissões e de 1.097.255 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos chegou a 38.507.474 vínculos. 

 

O saldo de janeiro a setembro teve um acréscimo de 719.089 vagas, um crescimento de 1,90%. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 459.217 postos, uma variação de 1,2%.  As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (22). 

 

Desempenho setorial – Sete dos oito setores econômicos registraram crescimento em setembro. O melhor desempenho foi no setor de Serviços, que abriu 60.961 novos postos. Os principais responsáveis por esses resultados foram os subsetores do Comércio e administração de imóveis, Valores mobiliários e serviço técnico (25.872 postos), Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (13.168 postos); Serviços médicos, odontológicos e veterinários (6.997 postos); Transportes e comunicações (6.561 postos) e Ensino (6.537 postos). 

 

O segundo melhor desempenho foi da Indústria da transformação, que fechou setembro com saldo positivo de 37.449 vagas, abertas principalmente no subsetor da Indústria de produtos alimentícios, Bebidas e álcool etílico (29.652 postos). O terceiro melhor saldo foi no Comércio, que teve criação de 26.685 postos, puxado tanto pelo Comércio varejista quanto pelo atacadista. 

 

Também tiveram saldos positivos Construção civil (12.481 postos), Serviços industriais de utilidade pública – Siup (1.091 postos), Administração pública (954 postos) e Extrativa mineral (403 postos).  Apenas o setor da Agropecuária apresentou queda (-2.688 postos). 

 

Desempenho regional – Todas as cinco regiões do Brasil registraram crescimento no emprego formal em setembro. Os melhores resultados foram registrados no Nordeste, onde foram abertas 62.177 vagas, um acréscimo de 1% em relação ao estoque de agosto, e no Sudeste, que abriu 38.933. No Sul foram gerados 18.063 novos empregos formais, um crescimento de 0,25%, e, no Norte, 10.262 vagas, um aumento de 0,59%. No Centro-oeste, o saldo do mês ficou positivo em 7.901 postos, um aumento de 0,25% em relação ao estoque do mês anterior.  

 

Houve abertura de vagas em 26 das 27 unidades federativas. Em apenas uma ocorreu fechamento de postos. São Paulo ficou em primeiro, chegando ao final de setembro com saldo positivo de 22.448 empregos formais. Em segundo lugar ficou o Pernambuco, com saldo positivo de 21.414 postos e aumento de 1,75% em relação a agosto, e, em terceiro, Alagoas, onde foram criadas 15.179 novas vagas, representando um acréscimo de 4,57%. Apenas o estado do Mato Grosso do Sul apresentou resultado negativo em setembro, com -2.645 vagas, uma variação de (-0,51%). 

 

Salário – O salário médio de admissão em setembro foi de R$ 1.516,89 e o salário médio de desligamento, R$ 1.684,39. Em termos reais (já considerada a deflação medida pelo INPC), houve queda de R$ -26,74 (-1,73%) no salário de admissão e de R$ -17,94 (-1,05%) no salário de desligamento em comparação ao mês anterior.  

 

Modernização Trabalhista – A distribuição do emprego entre as modalidades criadas a partir da Modernização Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) ficou assim:  

 

Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado – Em setembro de 2018 houve 13.019 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 10.003 estabelecimentos, em um universo de 9.203 empresas. Um total de 24 empregados realizou mais de um desligamento nesta modalidade. São Paulo foi o estado que registrou a maior quantidade de desligamentos (4.041), seguido por Paraná (1.316), Minas Gerais (1.154), Santa Catarina (1.128), Rio Grande do Sul (1.070) e Rio de Janeiro (993). 

 

O setor que mais realizou desligamentos por acordo foi o de Serviços (6.295 desligamentos), seguido do Comércio (3.479), Indústria de transformação (2.038), Construção Civil (635), Agropecuária (436), SIUP (72), Extrativa Mineral (36) e Administração Pública (28).  

 

As dez principais ocupações envolvidas foram as de vendedor de comércio varejista (768 desligamentos); Assistente Administrativo (489); Faxineiro (458); Auxiliar de Escritório, em Geral (437); Operador de Caixa (397); Vigilante (388); Motorista de Caminhão (Rotas Regionais e Internacionais) (377); Alimentador de Linha de Produção (333); Porteiro de Edifícios (287) e Recepcionista, em Geral (204). 

 

Trabalho Intermitente – Na modalidade de trabalho intermitente foram registradas 6.072 admissões e 1.791 desligamentos, gerando saldo positivo de 4.281 empregos, envolvendo 2.193 estabelecimentos, em um universo de 1.836 empresas. Um total de 20 empregados teve mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente. Os estados com maior número de contratos nesta modalidade em setembro foram São Paulo (1.214 postos), Rio de Janeiro (750), Paraná (474), Minas Gerais (411), Bahia (204) e Espirito Santo (174). 

 

O saldo de emprego dos contratos intermitentes distribuiu-se em Serviços (2.078 postos), Construção civil (942 postos), Comércio (579 postos), Indústria de transformação (542 postos), Agropecuária (94 postos), Extrativa mineral (25 postos) e Siup (21). O setor da Administração pública não registrou admissões ou desligamentos. 

 

As 10 principais ocupações envolvidas foram Vigilante (199 postos), Servente de obras (168), Soldador (167), Atendente de lojas e mercados (164), Garçom (156), Assistente de vendas (145), Faxineiro (121), Vendedor de comércio varejista (98), Embalador a mão (94) e Montador de máquinas (91). 

 

Trabalho em Regime de Tempo Parcial – Foram registradas 5.451 admissões em regime de tempo parcial e 3.477 desligamentos em setembro, gerando um saldo de 1.974 empregos. O número de estabelecimentos envolvidos foi de 5.628 em um universo de 4.942 empresas. Um total de 62 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial. Os estados com maior número de contratos neste regime foram Ceará (317 postos), São Paulo (306), Paraná (200), Minas Gerais (159), Rio de Janeiro (156) e Piauí (149). 

 

Do ponto de vista setorial, o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se por Serviços (1.072 postos), Comércio (579 postos), Indústria de transformação (214 postos), Agropecuária (61 postos), Construção civil (41 postos), Administração pública (7 postos), Extrativa mineral (4 postos) e Siup (-4 postos). 

 

As 10 principais ocupações segundo saldo de emprego em regime de tempo parcial foram Operador de caixa (188), Professor de ensino superior na área de didática (124), Faxineiro (123), Vendedor de comércio varejista (92), Assistente administrativo (76), Repositor de mercadorias (73), Atendente de lojas e mercados (72), Auxiliar de escritório em geral (71), Alimentador de linha de produção (69) e Auxiliar nos serviços de alimentação (47).

 

Assessoria de Imprensa

 

Simone Sampaio

 

Fonte: Ministério do Trabalho -  22/10/2018

 


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